Animais vítimas de maus-tratos são apreendidos no Mercado municipal em Campos

 

Verônica Nascimento
A Defesa Agropecuária Estadual recebeu denúncia de maus-tratos contra animais, mantidos sem condições no Mercado Municipal de Campos para comercialização. A informação resultou em uma operação realizada, na manhã desta quinta-feira, com a Guarda Ambiental Municipal (GAM), a Vigilância Sanitária Municipal e o Grupo de Apoio aos Promotores (GAP). Somente a Defesa Agropecuária apreendeu cerca de 200 frangos, que serão sacrificados. São animais que podem transmitir zoonoses, causando problemas de Saúde Pública.
A denúncia é da 2ª Promotoria de Tutela Coletiva, oferecida por Marcelo Lessa, e envolve, além de maus-tratos, o perigo de expor os animais em locais onde também são expostos alimentos. De acordo com o agente da Defesa Agropecuária, Milton Osvaldo Santos Júnior, o Ministério Público recebeu denúncia relacionada à criação, transporte e comercialização de aves, sem origem sanitária, caracterizando possíveis maus-tratos.
— Por conta disso, foi acionada nossa equipe da Defesa Agropecuária, a Vigilância Sanitária e a Guarda Ambiental Municipal. Uma equipe do GAP veio nos acompanhando, junto com a Polícia Militar. Nós constatamos, de fato, a criação irregular de animais, comércio, maus-tratos que eles receberam. Existem animais com cegueira, formação de papiloma, penugem caída; um volume de animais em um ambiente e sujo. Nenhum controle sanitário — explicou.
Milton afirmou que o risco maior não é apenas para o consumidor que compra e abate essas aves, mas também para quem cria:
— Às vezes, você compra um animal para levar para a sua propriedade e não tem a origem sanitária dele. Chegando lá, ele pode disseminar uma doença. Quando se trata de uma criação no seu ambiente, é uma coisa. Agora, expor terceiros a riscos é o que gera o problema. Foi isso que motivou a denúncia. É um crime, principalmente no que diz respeito a questão de maus-tratos. A legislação é bastante incisiva. Aí, vai ficar a cargo da autoridade policial, na delegacia, decidir sobre isso.
Por: VERÔNICA NASCIMENTO
Folha 1

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