Porto do Açu, alem do minério também com foco no petróleo e gás e energia
Para quem quando se refere ao Porto do Açu, se lembra em primeiro plano, dele como ponto de partida para exportação de minério, o Porto do Açu, com importantes contratos no primeiro trimestre, vem se consolidado no setor de óleo e gás, que tem grande relevância para a economia brasileira. Além de produzir cerca de 50% da energia que consumimos, garante o abastecimento diário de 2,3 milhões de derivados de petróleo, essenciais para nossa locomoção e bem-estar. Essa indústria, segundo o BNDES, responde por cerca de 60% de todo o investimento industrial do país, gerando mais de 400 mil empregos. Outro ponto relevante refere-se à expressiva arrecadação de tributos, em nível municipal, estadual e federal, que totalizou R$ 1,4 trilhão nos últimos 11 anos.
A produção de petróleo e gás no Brasil está em franco crescimento, graças principalmente aos campos marítimos de petróleo e gás já descobertos no litoral Sudeste brasileiro. Além da Petrobras, dezenas de outras empresas, nacionais e internacionais, de diferentes portes, estão interessadas tanto na busca de novas reservas como no prolongamento da vida produtiva dos campos já em produção. Os investimentos esperados nos próximos cinco anos são de R$ 150 bilhões, com potencial de geração de 470 mil empregos adicionais.
Para suportar esse crescimento do setor, são necessárias bases de apoio logístico com localização adequada e infraestrutura de qualidade, capazes de tanto acomodar os fabricantes de equipamentos e os provedores de serviços, como permitir o fluxo seguro e eficiente de materiais, equipamentos e pessoas entre o continente e o alto-mar, além de suportar às operações de recebimento, movimentação e processamento do petróleo e do gás produzidos.
É neste contexto que os analistas apontam o Complexo do Porto do Açu em São João da Barra, em destaque como a área mais qualificada a desempenhar esse papel para a indústria de óleo e gás no país.
Várias empresas-chaves do setor já se instalaram e operam a partir do Açu. A Edison Chouest, líder global na operação de bases de apoio logístico para o setor de óleo e gás, construiu e opera sua maior base no mundo no porto em território sanjoanense, a partir da qual a Petrobras, a Chevron, a Equinor, dentre outros, conduzem suas atividades de movimentação de cargas, materiais e equipamentos para as plataformas marítimas. Também no Açu encontram-se instaladas fábricas de tubos flexíveis que são utilizados inclusive no escoamento da produção dos campos do Pré-Sal. Também estão no Açu outras empresas, como a Aeropart, responsável pela operação do aeroporto de Cabo Frio e que está construindo no Complexo um heliporto.
Novidades deste primeiro trimestre
A Açu Petróleo, que opera o único terminal privado de transbordo do país, assinou neste primeiro trimestre contratos com a Petrobras — que tem duração de 24 meses, com a realização de até 48 operações com navios tipo Suezmax e VLCC, podendo ser prorrogado por igual período — e com a norueguesa Equinor, com duração de 36 meses (a partir de janeiro de 2020), que prevê escoar principalmente o petróleo produzido no campo de Roncador. Essas empresas se juntam a Shell e a Galp, que já utilizam a Açu Petróleo para movimentações.
Neste ano a Açu Petróleo prevê movimentar o dobro do petróleo de 2018, quando registrou aproximadamente 40 milhões de barris. Além disso, a empresa está desenvolvendo projeto para tancagem onshore, que vai proporcionar maior flexibilidade logística para os clientes, com os serviços de armazenagem, dewatering e blending.
Outro destaque deste trimestre foi a conclusão do financiamento para a implantação da UTE GNA I, em desenvolvimento pela GNA (Gás Natural Açu) no Complexo. O projeto, previsto para entrar em operação comercial em 2021, consiste em uma usina termelétrica a gás natural em ciclo combinado de 1,3 GW, um terminal de regaseificação de GNL, uma linha de transmissão e uma subestação, que ligará a termelétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A UTE GNA I é parte do maior parque termelétrico a gás natural da América Latina, que está sendo construído pela GNA no Porto do Açu. Além da UTE GNA I, a companhia irá construir a UTE GNA II, com 1,7 GW de capacidade instalada. Juntas, as duas termelétricas somam 3 GW.
Alternativa de segurança energética e abastecimento
A GNA possui, ainda, licença ambiental para mais que dobrar sua capacidade instalada, podendo chegar a 6,4 GW, o que permitirá o desenvolvimento de projetos termelétricos adicionais. Somado a isso, a localização estratégica do Açu possibilitará a criação de um hub de gás, para recebimento, processamento e transporte do gás associado.
— Viabilizar o escoamento do petróleo e do gás através do Açu é essencial para que o Brasil alcance os números de produção que estão projetados. Neste contexto, o Complexo do Porto do Açu representa uma nova alternativa de segurança energética e abastecimento para o país, bem como de suporte à exportação, dando opções para que o gás e o petróleo cheguem ao mercado em condições seguras e competitivas, além da geração de energia elétrica e fornecimento de matéria-prima para as indústrias de transformação, como refino, petroquímica e fertilizantes, por exemplo — afirmou Carlos Tadeu Fraga, CEO da Porto do Açu Operações.
Por: Folha 1
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