Chuvas em Campos e região não oferecem risco, segundo Defesa Civil
Apesar da chegada da chuva a Campos e do alerta de perigo emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as coordenadorias de Defesa Civil de Campos e da região Norte e Noroeste Fluminense afirmam que não há previsão de transtornos, como corte de energia elétrica, queda de árvores, alagamentos e descargas elétricas. De acordo com o órgão municipal, em 30 minutos de chuva, na tarde desta terça-feira (9), o maior volume pluviométrico — de 4,8 mm — foi registrado no bairro Jardim Carioca, em Guarus, sendo esperados 15 mm para o município em 24 horas. Segundo o Inmet, a previsão é de chuvas de 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos — de 60 a 100 km/h, entre a tarde desta terça e a manhã de quarta (10). O meteorologista José Carlos Mendonça afirmou que a ocorrência de chuvas intensas deve acontecer até 15 de abril, uma vez que o fenômeno é comum na transição entre as estações do verão e outono.
Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, major Edson Pessanha, o nível do rio Paraíba do Sul subiu após as fortes chuvas que atingiram os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, nesta semana, mas não o suficiente para causar transtornos. Na manhã desta terça, o nível do rio atingiu a marca de 5,68 m, enquanto a cota de transbordo é de 10,8 m. “Nem toda chuva que cai nesses estados deságua no Paraíba. Nos últimos dois dias, o nível do rio subiu 82 milímetros (mm) e até amanhã (hoje) são esperados mais 80 mm. Ainda assim está muito longe de atingir a cota de transbordo, que é de 10.40 metros”, disse.
Mesmo com o alerta de perigo emitido pelo INMET, o coordenador regional, tenente coronel Joelson Oliveira, disse que a previsão é de chuvas consideradas fraco-moderada nos próximos dias. Ainda assim, a população deve estar atenta aos meios de comunicação para evitar os locais de risco. “São esperados 15 milímetros de chuvas para as cidades do Norte e Noroeste Fluminense, mas não se sabe se esse volume será distribuído, nem em quantas horas. Uma das formas do cidadão receber eventual alerta de chuvas fortes é cadastrar o número do CEP do município enviando uma mensagem de celular para o número 40199”, orientou.
O meteorologista José Carlos Mendonça explicou que é comum a entrada de frente fria e chuvas intensas, entre 15 de março e 15 de abril, durante a transição para o outono. “Na medida em que avançamos para o mês de agosto, as frentes frias diminuem e temos o inverno seco. Até lá, estamos em um período em que é comum as chuvas intensas virem acompanhadas de transtornos urbanos, como alagamentos, queda de árvores e de energia elétrica. Por isso, a importância do monitoramento e da prevenção”, destacou.
Entenda – Na noite da última segunda-feira (8), a tempestade que caiu no Rio de Janeiro deixou ao menos sete mortos e várias vias foram interditadas. Uma idosa, criança e homem foram encontrados sem vida dentro de um táxi soterrado em Botafogo. Outras mortes ocorreram em Santa Cruz e na Gávea. O tempo na capital deve permanecer fechado até hoje, segundo os institutos de meteorologia.
No mesmo dia, o INMET publicou aviso de alerta vermelho para o estado com chuva superior a 60 mm/h ou maior que 100 mm/dia, além de ventos superiores a 100 Km/h. O comunicado previa grande risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, de queda de árvores, descargas elétricas, alagamentos, enxurradas e grandes transtornos no transporte rodoviário.
Ontem, o instituto também publicou alerta laranja para o estado de Minas Gerais com chuva entre 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia. Entre os riscos estão: alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios. A Defesa Civil da capital alertou para pancadas de chuvas na cidade, com volume estimado de 40 a 70 mm até às 23h de sexta (12). O órgão orientou para que a população evite a trafegar em áreas de inundação ou em ruas sujeitas a alagamentos.
Por: VIRNA ALENCAR
FOLHA 1