Fuzilado pelo exército no Rio, Evaldo Rosa trabalhava como segurança e músico e Exército manda prender envolvido
Conhecido como Manduca, Evaldo Rosa dos Santos, morto com 80 disparos pelo Exército, neste domingo, no Rio de Janeiro, era cavaquinhista e membro da primeira formação do grupo Remelexo da Cor.
Os parceiros de música postaram uma homenagem a ele nas redes sociais.
“Olho pro céu e peço a Deus / Que mande a paz do sentimento verdadeiro dos mortais / Aqui embaixo o pesadelo está, demais, demais / Demais, demais, demais😢😔 Neste domingo perdemos um grande amigo, o primeiro cavaquinista do Grupo Remelexo da Cor (Manduca). Deixamos aqui um abraço e nosso sentimento para todos familiares”.
Entre os familiares do músico, o clima é de revolta.
“Só tenho que chorar junto”, disse Daniel Rosa, de 29 anos, em entrevista ao jornal O Dia. “Meu irmão está traumatizado. Só chora e fala ‘quero meu pai agora. Por que meu pai não está aqui’”, contou Daniel, dizendo que a família vai processar a União.
“Por que o Exército está dizendo que meu pai é bandido? Eu quero uma explicação. Meu pai era trabalhador, sustentou a família. Tudo que sou devo a ele, que me deu carinho, amor, que chamou a minha atenção quando foi preciso, que me orientou”, lembrou o filho, chorando. “O que o governo vai fazer? Passar a mão nas minhas costas”.
Jane Maria Rosa, irmão de Evaldo, também está inconsolável.
O corpo de Evaldo será sepultado na tarde desta segunda-feira, mas ainda não há horário e nem local do sepultamento.
Em nota, logo depois do crime, o Comando Militar do Leste chegou a dizer que “a patrulha deparou com um assalto e dois criminosos a bordo de um veículo atiraram contra os militares… Como resultado, um dos assaltantes foi a óbito no local e o outro foi ferido”.
Horas depois, informou que os militares estavam sendo interrogados na Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM).
Por: DCM
E Exército manda prender os militares envolvidos no assassinato.
Mais detalhes em instantes:
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