Bombeiros mineiros trabalham firme em Moçambique

Por G1 Minas — Belo HorizonteA atuação do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais em Moçambique, país atingido pelo ciclone Idai, completa cinco dias nesta sexta-feira (5). De acordo com informações enviadas pela missão no país africano, considerando os recursos locais e a magnitude da destruição, os relatos de ajuda humanitária são surpreendentes.

Vinte militares que participaram das buscas em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão em missão humanitária no local.

Além da devastação na cidade portuária de Beira, o ciclone causou estragos no interior do país e em Zimbábue e Malaui, principalmente por causa das enchentes. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), há mais de 146 mil pessoas desabrigadas apenas em Moçambique.

Crianças em Moçambique; bombeiros de Minas Gerais ajudam a reconstruir estradas e moradias temporárias — Foto: Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação

Crianças em Moçambique; bombeiros de Minas Gerais ajudam a reconstruir estradas e moradias temporárias — Foto: Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação

Um dos participantes da missão, o capitão Kléber Castro conta que, no atendimento aos desabrigados, apenas uma barra de proteína e água pura já são um alento em uma primeira abordagem. Em seguida, a montagem de barracas, instalação de latrinas e o correto uso desses equipamentos são muito importantes para garantir a higiene e a saúde dos atingidos.

Bombeiros de MG erguem tendas de abrigos temporários em Moçambique — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Bombeiros de MG erguem tendas de abrigos temporários em Moçambique — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Bombeiros de Minas Gerais ajudam na liberação de estradas em Moçambique, na África — Foto: Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação

Bombeiros de Minas Gerais ajudam na liberação de estradas em Moçambique, na África — Foto: Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação

Na quarta-feira (4), uma equipe comandada pelo capitão Leonard Farah trabalhou em uma frente para liberação de estradas (veja vídeo abaixo). De acordo com a corporação, a tarefa é extremamente importante no local, pois o helicóptero transporta pouca carga em uma viagem e tem sido usada para levar comidas e remédios. O transporte de carga pesada continua tendo que ser feito pelas rodovias com impedimentos.

Cerca de 400 famílias estão isoladas em distrito de Beira, em Moçambique

Cerca de 400 famílias estão isoladas em distrito de Beira, em Moçambique

A liberação de estradas também facilita o transporte de doentes para tratamento em cidades maiores. Um exemplo dado pelos militares é de uma mulher grávida foi obrigada atravessar um rio a pé, já que grande parte das pontes região foram destruídas.

Nesta quinta-feira (4), a missão também fez um voo de reconhecimento na região de Nhamatanda. Durante o sobrevoo, os bombeiros avaliaram a necessidade de construção de pontes provisórias para motos, carros e viaturas com mantimentos.

Bombeiros de MG ajudam a construir abrigos temporários em escola de Beira, após ciclone

Bombeiros de MG ajudam a construir abrigos temporários em escola de Beira, após ciclone

Acampamentos temporários são montados na cidade de Beira, em Moçambique

Acampamentos temporários são montados na cidade de Beira, em Moçambique

Balanço dos estragos

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Moçambique comunicou nesta quinta-feira (4) que o número de mortos em razão da tempestade tropical é, até o momento, de 598. O total de feridos é de 1.641.

A quantidade de pessoas afetadas chegou a 1,416 milhão, o que corresponde a 283 mil famílias. As pessoas nessas condições são as que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.

Segundo o INGC, mais de 129 mil pessoas estão acomodadas em 129 centros de abrigo. O número de casas totalmente destruídas é de 97 mil, enquanto 103 mil foram parcialmente destruídas e 15.784 inundadas.

Ciclone Idai atingiu Moçambique, Zimbábue e Malauí. — Foto: Karina Almeida/G1

Ciclone Idai atingiu Moçambique, Zimbábue e Malauí. — Foto: Karina Almeida/G1

Por G1 Minas — Belo Horizonte

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