Bolsonaro convida partidos para compor o conselho de governo
Após reuniões, presidente disse que não negociou cargosEm meio as articulações para aprovar a reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro recebeu hoje (4), no Palácio do Planalto, os dirigentes nacionais do PRB, PSD, PSDB, DEM, PP e MDB e propôs a criação do conselho de governo, com a participação direta dos partidos políticos.
Onyx não informou se os dirigentes partidários aceitaram participar do colegiado.
Relação institucional
No início da noite, o próprio presidente da República afirmou, durante uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook, que nada relacionado a indicação para cargos no governo foi debatido com os partidos nas reuniões. “Nada foi tratado sobre cargos, nem por parte deles, nem da nossa parte”, assegurou.
Na próxima semana, Bolsonaro receberá os presidentes de outros seis partidos: PSL, PR, Novo, Avante, Podemos e Solidariedade, entre terça e quarta-feira.
A ideia, segundo Onyx , é desenvolver uma relação institucional, seguindo o “recado das urnas” dado nas últimas eleições gerais, no ano passado. “Todos os presidentes de partidos reiteraram a disposição de ajudar a construir uma relação que seja muito positiva entre o governo e o Parlamento. Todos compreendem que a urna nos deu uma atribuição de construir uma nova forma de relacionamento entre o Executivo e o Legislativo”, afirmou.
Previdência
De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, há uma unanimidade entre os dirigentes partidários de a reforma da Previdência é uma necessidade do país, mas ele evitou comentar a anúncio de partidos como o PSD, o PSDB e o MDB, que defenderam mudanças nas regras propostas para a aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
“Quando a gente estende a mão para o diálogo, a gente tem que respeitar o posicionamento de cada partido”, disse Onyx.
O ministro minimizou a possibilidade de os partidos não fecharem questão nas bancadas pela aprovação da reforma, o que, na prática, libera os parlamentares para votar como quiserem.
“O melhor fechamento de questão que tem é o convencimento, é entender que o Brasil precisa de todos”, argumentou.
Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil Brasília