GNA conclui financiamento para projeto de termelétrica no Açu
A Gás Natural Açu (GNA), joint venture formada pela Prumo Logística, BP e Siemens, informou nesta quarta-feira (3) que concluiu o financiamento de longo prazo para a implantação da UTE GNA I, projeto térmico a gás natural de 1,3 GW de capacidade instalada, no Complexo do Porto do Açu, no Rio de Janeiro.
A operação de financiamento consistiu na assinatura de dois contratos: um com a International Finance Corporation (IFC), no valor de US$ 288 milhões, concluída em março de 2019 e outro, no valor de R$ 1,76 bilhão, obtido em dezembro de 2018, junto ao BNDES e KfW IPEX-Bank, responsável pelo financiamento a projetos internacionais e de exportação do KfW Group, em uma parceria inédita para as instituições. O KfW IPEX-Bank, por sua vez, conta com o suporte do Euler Hermes Aktiengesellschaft, agência alemã de crédito à exportação.
— Hoje é um dia marcante para a história da GNA, pois concluímos a estruturação financeira da UTE GNA I. Estamos construindo um projeto estruturante que, atualmente, emprega mais de 2.500 pessoas, sendo cerca de 70% de moradores locais, e que irá contribuir para a diversificação da matriz energética brasileira — afirma Bernardo Perseke, diretor-presidente da GNA. O executivo completa: “O apoio de nossos financiadores atesta a relevância de nosso projeto para o país e nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e o respeito às comunidades locais.”
O projeto da UTE GNA I, previsto para entrar em operação comercial em 2021, consiste em uma usina termelétrica a gás natural em ciclo combinado de 1,3 GW, um terminal de regaseificação de GNL, uma linha de transmissão e uma subestação, que ligará a termelétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O projeto é parte do maior parque termelétrico a gás natural da América Latina, que está sendo construído pela GNA no Porto do Açu. Além da UTE GNA I, a companhia irá construir a UTE GNA II, com 1,7 GW de capacidade instalada. Juntas, as duas termelétricas somam 3 GW.
A UTE GNA I apoiará a diversificação da matriz energética do Brasil, aumentando a resiliência do sistema, promovendo a segurança energética e contribuindo para uma energia confiável e acessível.
Expansão
A GNA possui, ainda, licença ambiental para mais que dobrar sua capacidade instalada, podendo chegar a 6,4 GW, o que permitirá o desenvolvimento de projetos termelétricos adicionais no futuro. Somado a isso, a localização estratégica do Porto do Açu, próximo aos campos produtores de pré-sal, possibilitará a criação de um Hub de Gás, para recebimento, processamento e transporte do gás associado.
Arnaldo Neto
Por: Folha 1