Constituinte pró-Maduro cassa imunidade parlamentar de Juan Guaidó na Venezuela
Medida abre caminho para eventual prisão do líder oposicionista. Autoproclamado presidente interino responderá na Justiça comum por sair da Venezuela em busca de apoio, e desobedecer proibição imposta pelo regime chavista.
Juan Guaidó fala sobre a prisão de seu assessor em entrevista coletiva — Foto: Ariana Cubillos/AFP
A petição para cassar a imunidade de Guaidó foi entregue ao órgão chavista pelo Tribunal Superior de Justiça da Venezuela – que também é controlado pelo regime de Maduro – na segunda-feira (1º). Logo depois, o líder oposicionista disse que o pedido não tinha valor.
“Nada vai nos deter”, disse o autoproclamado presidente, em um discurso transmitido em redes sociais.
Assembleia Constituinte, pró-Maduro, em sessão que cassou imunidade de Juan Guaidó — Foto: Manaure Quintero/Reuters
Liderados por Guaidó, os opositores do governo chavista não reconhecem a legitimidade da Assembleia Constituinte. O autoproclamado presidente interino, inclusive, preside a Assembleia Nacional – órgão parlamentar mais antigo, com maioria oposicionista e reconhecido por dezenas de países como legítimo.
Viagens de Guaidó
O presidente chileno, Sebastian Piñera, o presidente colombiano, Ivan Duque, o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, e o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, acenam durante o Venezuela Aid Live, em Cúcuta, na Colômbia, na sexta-feira (22) — Foto: Raul Arboleda/AFP
O líder oposicionista, no entanto, estava proibido de deixar o país por determinação do regime chavista desde que prestou juramento como presidente interino da Venezuela, em janeiro.
Isso porque o Tribunal Supremo de Justiça entendeu que Guaidó usurpava as funções de presidente e, assim, o processou. Porém, a medida foi ignorada, porque tanto o autoproclamado presidente como o Parlamento de maioria oposicionista consideram o regime chavista ilegítimo.
Dezenas de países e outros órgãos venezuelanos não reconheceram a posse de Nicolás Maduro para o segundo mandato, em janeiro. Eles alegam que o regime chavista fraudou a eleição de 2018.
Por G1