Com 6,7 mil casos, RJ reúne mais da metade dos casos de chikungunya do país

Até a metade do mês de março foram registrados 6.765 casos da doença no estado. Zona Oeste da capital lidera: um único condomínio em Campo Grande registrou 43 casos.

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Foto: Governo Federal

O número de pessoas infectadas pelo vírus da chikungunya em 2019 já bateu todos os recordes do Estado do Rio de Janeiro. Levando em consideração os três primeiros meses do ano, foram registrados 6.765 casos da doença.

O número representa mais da metade dos casos de chikungunya em todo o país, de acordo com o levantamento feito pelo Ministério da Saúde.

Segundo o órgão federal, a Zona Oeste é a região mais afetada da capital fluminense. Apenas em um condomínio no bairro de Campo Grande foram registradas 43 pessoas infectadas pelo vírus da chikungunya. Em toda cidade, os especialistas contabilizaram 2.753 casos.

Todos no local estão em alerta e muito preocupados com o grande número de casos da doença. Segundo Valdecir Antunes Suzano, infectado pelo vírus no mês passado, a dor no corpo é muito grande.

“Eu não consigo mexer os pés, mexer a mão, o punho, o joelho. Dói tudo. É muita dor que você não consegue. Eu quase não conseguia sair da cama para ir ao banheiro”, contou o morador do condomínio, que viu sua esposa também pegar a chikungunya recentemente.

“A sensação é de uma morta-viva. A pessoa está sem poder andar, nem abrir uma garrafa. Eu não consegui nem comer, fiquei cinco dias sem comer”, disse Tânia de Sá Suzano.

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Foto Ligado no Sul

Paciência lidera lista de bairros

A Zona Oeste do Rio de Janeiro é a região com a maior concentração de casos de chikungunya. O Bairro de Paciência, por exemplo, registrou 237 casos. Em Bangu, foram 171 ocorrências. Já em Jacarepaguá, 126 pessoas foram infectadas.

Na Zona Sul, o bairro do Jardim Botânico chama atenção. O número de casos subiu de apenas quatro em fevereiro, para 20 pessoas com chikungunya em março. Um condomínio na região também teve um surto recente, com 20 casos de dengue e chikungunya contabilizados.

Na opinião do infectologista Edmilson Migowski, cada cidadão deve ser o seu próprio agente de saúde. Para o especialista, as pessoas devem buscar dentro de casa os focos de reprodução do Aedes aegypti.

“Vale lembrar que 80% dos focos se encontram na casa das pessoas. O mosquito não voa muito longe. Eu costumo dizer que ele faz dos nossos quintais a sua maternidade e os nossos tornozelos o seu restaurante”, comentou Edmilson Migowski.

Por Tatiana Nascimento, RJ2

G1

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