Justiça afasta ex-ministro de Temer do conselho de Itaipu

Desembargador Rogerio Favreto afasta Carlos Marun do Conselho de Itaipu.

Deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS)A decisão foi baseada na Lei das Estatais, de 2016, que determina que ministros de Estado não podem participar de conselhos de administração em estatais

Por decisão liminar do desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o ex-ministro Carlos Marun foi afastado nesta segunda-feira, 25, do Conselho da Itaipu Binacional.

A decisão foi baseada na Lei das Estatais, de 2016, que determina que ministros de Estado não podem participar de conselhos de administração em estatais. Itaipu é uma entidade jurídica binacional – o que abre brecha para interpretações de que ela não deve seguir os critérios dessa legislação. O Tribunal de Contas da União (TCU), no entanto, avalia que é desejável que a lei seja utilizada como Norte para todas as empresas nas quais o governo tem participação, inclusive Itaipu.

Em vídeo compartilhado no Whatsapp, Marun afirmou nesta segunda que vai recorrer da decisão e “em breve isso será reparado”. Ele alega que não possui mais ligação partidária com o MDB e não exerce cargo público desde antes de assumir como conselheiro.

Marun afirmou que a decisão “chateia” e “constrange”, mas que vai “reagir”. “Vou reagir a ela porque trata-se de decisão evidentemente ilegal”, disse. “Claro que isso chateia, constrange porque vem de quem deveria ter serenidade e isenção para tomar decisão como essa. Mas em breve isso será reparado”.

Ele também criticou Favreto por ter insistido na tentativa de soltar (o ex-presidente) Lula“. Em julho do ano passado, como plantonista, Favreto expediu duas decisões que mandavam soltar Lula, que foram posteriormente derrubadas pelo presidente da Corte, Thompson Flores, e pelo relator da Lava Jato, João Pedro Gebran Neto.
Resultado de imagem para Foto de Marun e Temer
Foto: Correio Brasiliense
Marun foi o braço direito do ex-presidente Michel Temer, preso na semana passada e souto ontem (25) por determinação de um procurador que já havia sido afastado por quase sete anos, acusado de ser ” líder de quadrilha” e por ter posto em liberdade vários acusados de crimes no Brasil.
Estadão
Por: Veja

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