Desembargador que mandou soltar Temer e mais seis pessoas, tem vários antecedentes e já chegou a ficar mais de seis anos afastado

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O desembargador Ivan Athié Foto: Divulgação
RIO –  Um dos mais antigos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TFR-2), Ivan Athié mandou soltar o ex-presidente Michel Temer , o ex-ministro Moreira Franco e outros seis investigados pela Operação Lava-Jato no Rio . Temer é acusado de ser “líder de uma organização criminosa” e de usar propina em obra da casa da filha.

Em fevereiro de 2017, o desembargador Athié provocou polêmica ao dizer que os pagamentos de propinas investigados na Operação Lava-Jato podem ser apenas “gorjeta”. A declaração do magistrado aconteceu durante julgamento de pedido de revogação da prisão do ex-presidente da Eletronuclear Othon Silva, que foi condenado a 43 anos de prisão pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Athié é tido como “garantista”, ou seja, leva em conta questões éticas e políticas e não apenas jurídicas para analisar os casos, portanto, pode questionar o pedido de prisão preventiva feito pela Justiça.

Na época,  O GLOBO mostrou que o desembargador já havia sido defendido pelo mesmo escritório de advocacia que atuava em favor do empresário  . Na ocasião, Cavendish foi um dos cinco beneficiados por decisão do magistrado, que converteu a prisão preventiva dos detidos na Operação Saqueador em domiciliar.

Athié ficou afastado por quase sete anos após ser denunciado pelo Ministério Público Federal sob as acusações de formação de quadrilha e estelionato, quando era juiz no Espírito Santo. Ele retornou a exercer a magistratura por um habeas corpus  monocrático do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Globo

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