Desembargador que mandou soltar Temer e mais seis pessoas, tem vários antecedentes e já chegou a ficar mais de seis anos afastado
Em fevereiro de 2017, o desembargador Athié provocou polêmica ao dizer que os pagamentos de propinas investigados na Operação Lava-Jato podem ser apenas “gorjeta”. A declaração do magistrado aconteceu durante julgamento de pedido de revogação da prisão do ex-presidente da Eletronuclear Othon Silva, que foi condenado a 43 anos de prisão pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
Athié é tido como “garantista”, ou seja, leva em conta questões éticas e políticas e não apenas jurídicas para analisar os casos, portanto, pode questionar o pedido de prisão preventiva feito pela Justiça.
Na época, O GLOBO mostrou que o desembargador já havia sido defendido pelo mesmo escritório de advocacia que atuava em favor do empresário . Na ocasião, Cavendish foi um dos cinco beneficiados por decisão do magistrado, que converteu a prisão preventiva dos detidos na Operação Saqueador em domiciliar.
Athié ficou afastado por quase sete anos após ser denunciado pelo Ministério Público Federal sob as acusações de formação de quadrilha e estelionato, quando era juiz no Espírito Santo. Ele retornou a exercer a magistratura por um habeas corpus monocrático do Supremo Tribunal Federal (STF).
O Globo