Tribunal decide manter o ex-governador Luiz Fernando Pezão na cadeia
Os desembargadores julgaram, agora há pouco, o habeas corpus. A decisão foi por unanimidade.
Rio – O ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB) vai continuar na cadeia. Os desembargadores da 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal 2 (TRF-2) rejeitaram o pedido de liberdade do político preso, desde novembro, no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, e também do sobrinho dele Marcelo Santos Amorim. Mas os magistrados acolheram o habeas corpus em relação aos dos empresários César Augusto Craveiro de Amorim e Luís Fernando Craveiro de Amorim, sócios da empresa High Control. Eles vão deixar a prisão, mas têm cumprir três exigências, entre elas a de entregar o passaporte e não podem ter contato com os outros envolvidos no caso.
Em uma das fases da Lava Jato, eles foram acusados pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de integrar núcleo político de uma organização criminosa que, ao longo dos últimos anos, cometeu vários crimes contra a Administração Pública, principalmente em relação a corrupção e a lavagem de dinheiro.
No processo há documentos que registram o pagamento em espécie a Pezão de mais de R$ 25 milhões no período 2007 e 2015. Valor incompatível com o patrimônio declarado pelo emedebista à Receita Federal. Em valores atualizados, o montante equivale a pouco mais de R$ 39 milhões e corresponde ao total que é objeto de sequestro determinado pelo ministro Felix Fischer. Dodge enfatizou, ainda, que Pezão foi secretário de Obras e vice-governador de Sérgio Cabral, entre 2007 e 2014, período em que já foram comprovadas pagamentos de propina em percentuais de contratos com construtoras, como a taxa de oxigênio.