Justiça segue soltando e polícia prendendo. Ex-governador do Paraná, Beto Richa é preso pela terceira vez

Beto Richa foi preso nesta terça-feira (19) — Foto: J.F.Diorio/Estadão Conteúdo

Beto Richa foi preso nesta terça-feira (19) — Foto: J.F.Diorio/Estadão Conteúdo

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) voltou a ser preso na manhã desta terça-feira (19) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Curitiba. A prisão é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A suspeita contra Beto Richa é de corrupção, e ele foi preso no apartamento onde mora.

Esta é a terceira vez que Beto Richa é preso. O G1 tenta contato com a defesa do ex-governador, mas, até o momento, as ligações não foram atendidas.

Esta ação é um desdobramento da Operação Quadro Negro, de acordo com o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti. Pela Quadro Negro, é a primeira vez que Beto Richa é preso.

O empresário Jorge Atherino, apontado pelo MP como operador financeiro de Beto Richa, e Ezequias Moreira, ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores do Paraná, também foram presos.

Ezequias foi citado na colaboração premiada do empresário Eduardo Lopes de Souza. A delação afirma que o ex-secretário participou da arrecadação de dinheiro desviado da reforma e construção de escolas para a campanha de reeleição de Beto Richa para o governo do estado.

O Gaeco cumpre também mandados de busca e apreensão em imóveis da família Richa em Caiobá, no litoral do Paraná, e Porto Belo, em Santa Catarina.

Outras prisões

A última prisão de Beto Richa foi em 25 de janeiro, na 58ª fase da Operação Lava Jato. Porém, o ex-governador foi solto uma semana depois, com decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha.

Já a primeira prisão foi em setembro do ano passado, também pelo Gaeco.

Operação Quadro Negro

A Operação Quadro Negro encontrou indícios de desvios de dinheiro na construção de diversas escolas estaduais. Segundo as investigações, a Construtora Valor recebeu cerca de R$ 20 milhões pelos contratos firmados com o poder público, mas não entregou as obras.

Por Diego Ribeiro, Thais Kaniak e Pedro Brodbeck, RPC Curitiba e G1 PR

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