Embaixador de Guaidó nos EUA assume controle de sedes militares em Washington e consulado em NY
Carlos Vecchio é reconhecido como embaixador pelo governo dos Estados Unidos, que apoiou a ação desta segunda-feira. Cerimônia teve participação do coronel José Luis Silva, adido militar da embaixada venezuelana que rompeu com Maduro e jurou lealdade a Guaidó.
Carlos Vecchio, indicado pelo autodeclarado presidente interino Juan Guaidó como embaixador da Venezuela nos Estados Unidos, hasteia bandeira venezuelana em sede diplomática militar em Washington, na segunda-feira (18) — Foto: Reprodução/Twitter/Carlos Vecchio
A ação foi apoiada pelo governo dos Estados Unidos. Segundo Vecchio, nos próximos dias outros consulados serão assumidos pelo governo Guaidó e os serviços para cidadãos venezuelanos nos EUA serão progressivamente reativados.
Na época, em entrevista à agência Efe, Silva disse que ele ainda se considerava “o adido de defesa da Venezuela” e que responderia às ordens de Guaidó e de Vecchio, que deu as boas-vindas ao coronel e lhe comunicou que poderia fazer parte de sua equipe diplomática em Washington.
‘Destruição’
Vecchio também publicou fotos mostrando paredes e tetos degradados e reclamou do mau estado de conservação dos imóveis. Segundo ele, a imprensa testemunhou “a destruição deixada pelo regime usurpador. Eles desmantelaram a rede consular em detrimento de milhares de cidadãos venezuelanos no #EEUU e do patrimônio saqueado para a #Venezuela”.
Os EUA reconheceram em janeiro Vecchio como embaixador da Venezuela e, quase imediatamente, o venezuelano criou um equipe diplomática integrada, entre outros, por Gustavo Marcano, que cumpre as funções de ministro conselheiro nos EUA e foi prefeito do município Diego Bautista Urbaneja, situado em Lechería, no estado de Anzoátegui, no leste da Venezuela.
Vecchio, um dos dirigentes mais experientes e representativos do partido opositor Vontade Popular, tomou diferentes ações para fortalecer Guaidó: desde uma conferência para arrecadar fundos para a Venezuela até reuniões com os diretores da Citgo, a filial da companhia petrolífera estatal venezuelana, PDVSA, nos Estados Unidos.
Os EUA foram o primeiro país do mundo a reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela. O político, que preside a Assembleia Nacional (parlamento) venezuelana, invocou em 23 de janeiro artigos da Constituição para reivindicar a presidência, pois, na sua opinião, ela está sendo “usurpada” por Maduro.