Carrefour vai pagar R$ 1 milhão pela morte do ‘Manchinha’ em loja de Osasco

O valor foi estipulado em termo de compromisso firmado com o Ministério Público e a prefeitura; dinheiro será destinado para entidades que cuidam de bichos

 Conforme o promotor de Justiça Gustavo Albano Dias da Silva, desse montante, R$ 500 mil serão destinados exclusivamente à esterilização de cães e fatos, R$ 350 mil para a compra de medicamentos para animais do Hospital Veterinário municipal ou que estejam no canil do município, e R$ 150 mil para aquisição e entrega de rações para associações, ONGs e demais entidades destinadas ao cuidado de animais na cidade de Osasco.

Cachorro Carrefour

O cachorro que vivia solto na loja do Carrefour teria sido envenenado e espancado até a morte por um segurança Foto: Reprodução/Facebook

Segundo MP, caso o Carrefour descumpra o acordo, pagará multa de R$ 1 mil por dia de atraso. Já o município será alvo de investigação por ato de improbidade administrativa na hipótese de não atender ao que foi estabelecido no termo. A fiscalização quanto à utilização e destinação do dinheiro ficará a cargo da Promotoria de Justiça. A prefeitura de Osasco confirmou os termos do acordo e lembrou ter dado o nome do cachorro ‘Manchinha’ ao Hospital Veterinário.

O Carrefour informou que o acordo será remetido ao Conselho Superior do Ministério Público para homologação, mas já implementa um “extenso plano de ação em prol da causa animal, estruturado com apoio de diversas ONGs e entidades, com ações em curso na cidade de Osasco e no país”.

O ‘Manchinha’ morreu no dia 28 de novembro, após ser agredido com uma barra de metal por um segurança terceirizado do Carrefour de Osasco. O animal vivia no estacionamento da loja e era alimentado pelos frequentadores. Vídeos registrando a agressão circularam em redes sociais, gerando revolta e mobilizando os defensores da causa animal. O Carrefour passou a ser alvo de protestos. Denunciado à Justiça pelo crime de abuso e maus tratos aos animais, o segurança admitiu a agressão, mas negou a intenção de matar o animal. O processo ainda tramita na Justiça.

José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo

Por: ESTADÃO

 

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