Guaidó convoca parlamento para decretar estado de emergência devido a apagões
A Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição ao governo de Nicolás Maduro, convocou uma sessão de emergência, para esta segunda-feira (11), com objetivo de discutir o apagão energético que atinge a maioria dos estados do país vizinho desde a última quinta-feira (7).
Foto: Notícias UOL
Algumas localidades já registram o retorno da energia nesta segunda-feira (11).
Diante do quadro, o presidente da Assembleia e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, convocou a sessão do parlamento para solicitar a aprovação de um decreto de emergência nacional.
Diante da ruptura entre as relações do Executivo, Judiciário e Legislativo na Venezuela, o decreto pode ter efeitos limitados.
Já o governo de Nicolás Maduro afirma que o apagão energético foi uma sabotagem ao Sistema Elétrico Nacional promovida pelos Estados Unidos.
O ministro das Comunicações da Venezuela, Jorge Rodríguez, informou que um dos Sistemas de Controle Energético, responsável por distribuir 80% da energia do país, foi alvo de um ciberataque, o que teria provocado o colapso energético.
Em Caracas, a estatal do metro da capital acionou rotas de ônibus para substituir os trens que ficaram paralisados.
Já o ministro de defesa da Venezuela, Vladimir Padrino Lopez, das Forças Armadas, informou que todas as instalações de distribuição de energia elétrica estão sendo agora protegidas e que as linhas de transmissão de energia estão sendo monitoradas por vias aéreas.
O Grupo de Lima responsabiliza o governo de Nicolás Maduro pelo apagão.
Foto: Falando Verdades
Um vídeo levantado pelo jornal americano The New York Times, levanta a hipótese de que não tenha sido o Governo de Nicolás Maduro, que tenha posto fogo em um dos caminhões de ajuda humanitária enviada à Venezuela e sim, um dos próprios manifestantes, através de um coquetel molotov. Filmagens inéditas obtidas pelo jornal americano e outras gravações previamente divulgadas — incluindo uma distribuída pelo governo colombiano, que culpou Maduro pelo incêndio — permitiram a reconstrução do incidente. As imagens sugerem que um coquetel molotov lançado por um manifestante oposicionista encapuzado foi o desencadeador mais provável do incêndio.
Lucas Pordeus León
Agência Brasil
O Globo
Ranoticias.com
EBC