Caixas-pretas de avião que caiu na Etiópia deixando 157 mortos são encontradas

Destroços do avião da Ethiopian Airlines são vistos perto da cidade de Bishoftu, sudeste de Ades Abeba, nesta segunda-feira (11)  — Foto: Tiksa Negeri/ Reuters

Destroços do avião da Ethiopian Airlines são vistos perto da cidade de Bishoftu, sudeste de Ades Abeba, nesta segunda-feira (11) — Foto: Tiksa Negeri/ Reuters

As caixas-pretas do avião que caiu após decolar da capital da Etiópia, Adis Abeba, foram encontradas, informou a companhia Ethiopian Airlines nesta segunda-feira (11). Os gravadores de dados de voo digital e de voz da cabine podem ajudar a esclarecer a tragédia, que deixou 157 mortos.

O Boeing 737 MAX 8 caiu no domingo (10) perto da cidade de Bishoftu, 62 km a sudeste de Adis Abeba, logo após decolar. A aeronave seguia na direção de Nairobi, no Quênia. Os 8 tripulantes e os 149 passageiros que estavam a bordo morreram. Entre os passageiros, estavam cidadãos de mais de 30 países (não havia brasileiros).

Segundo lista divulgada pela companhia, havia passageiros quenianos, etíopes, norte-americanos, canadenses, franceses, chineses, egípcios, suecos, britânicos, holandeses, indianos, eslovacos, austríacos, suecos, russos, marroquinos, espanhóis, poloneses e israelenses.

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que entre as vítimas estão 22 de seus funcionários, de acordo com a CNN.

“Perdemos funcionários da ONU, jovens delegados viajando para a assembleia, cientistas experientes, membros da academia e outros parceiros”, declarou o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Stéphane Dujarric.

As buscas nos destroços continuam nesta segunda. A Boeing afirmou que uma equipe técnica sua irá ao local do acidente para fornecer assistência técnica sob a direção do Departamento de Investigação de Acidentes da Etiópia e do Departamento Nacional de Segurança dos Transportes dos EUA. Uma equipe americana já está no local, de acordo com a CNN.

Duas testemunhas disseram à agência Reuters que a aeronave estava soltando fumaça e emitindo um som estranho. O proprietário da fazenda onde o avião caiu, Malka Galato, afirmou que aeronave fez uma curva repentina antes de cair. O fazendeiro Tamirat Abera também relatou que o avião tentou fazer uma curva fechada pouco antes da queda.

Suspensão dos voos

As autoridades da avião da China e da Indonésia ordenaram que as companhias aéreas de seus países suspendam os voos com o Boeing 737 MAX 8 , que é a versão mais recente do avião comercial mais vendido no mundo, de acordo com a agência Associated Press.

A companhia Ethiopian Airlines e a Cayman Airlines também anunciou que interrompeu “por precaução” a utilização desse modelo após a queda da sua aeronave no domingo (10).

A Boeing informou ao G1 350 aeronaves desse modelo são operadas por cerca de 50 operadoras no mundo.

No Brasil, apenas a Gol possui aviões da Boeing modelo 737 MAX 8 e opera com sete deles em rotas para os Estados Unidos, América do Sul e Caribe, preferencialmente. A empresa disse ao Bom Dia Brasil que acompanha as investigações sobre o acidente e que, por enquanto, não cogita a suspensão de voos.

Outras empresas, porém, operam esse modelo em rotas que incluem o Brasil, como a Aerolíneas, por exemplo, de acordo com a Boeing. .

O avião era do mesmo modelo do que caiu na Indonésia em 29 outubro, deixando 189 mortos. A aeronave pertencia à companhia Lion Air e tinha três meses de uso – a investigação ainda não chegou a uma conclusão sobre a causa da tragédia.

Equipe com investigadores retira nesta segunda-feira (11) pneu do local do acidente com voo da Ethiopian Airlines Bishoftu  — Foto: Tiksa Negeri/ Reuters

Equipe com investigadores retira nesta segunda-feira (11) pneu do local do acidente com voo da Ethiopian Airlines Bishoftu — Foto: Tiksa Negeri/ Reuters

Queda de avião na Etiópia — Foto: Juliane Monteiro e Igor Estrella/G1

Queda de avião na Etiópia — Foto: Juliane Monteiro e Igor Estrella/G1

Por G1

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