Goyta: caldeirão esquenta mais

A semana começou agitada no Goytacaz após a queda para a Série B1. O clube agora mergulha numa incômoda crise interna, onde jogadores acusam dirigentes, enquanto conselheiros também trocam farpas. Na segunda-feira, durante uma reunião, o presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Carlos Amaral, o Toninho Buraca, chegou a colocar o cargo à disposição.

Outro assunto tratado na reunião foi a situação contratual com a empresa Trivella, gestora do futebol alvianil. Alguns conselheiros questionaram no fato de que o contrato da empresa com o clube deveria passar também pelo crivo do Conselho.
Em entrevista a uma emissora de rádio, o empresário Flávio Trivella disse ter contrato até o ano de 2021, mas que para continuar a parceria “o interesse deve ser mútuo”.
Enquanto isso, alguns conselheiros pressionam pela saída do vice-presidente Carlos Lírio Barreto, considerado como “desagregador”.
Outros ingredientes ainda contribuem para ferver ainda mais o quente caldeirão na rua do Gás. Também na segunda-feira, o volante Gabriel Galhardo afirmou que não pretende continuar no Goytacaz para a disputa da Série B1 e criticou a administração do clube.
— Tinha muitos querendo mandar, muita gente para dar ordens. Quando o Trivella chegou, quiseram tirar a autonomia dele. O Goytacaz pagou pelos seus próprios erros administrativos— afirmou.
Outro que se posicionou pelas redes sociais e entrevistas foi o atacante Douglas Oliveira, que eximiu o elenco de culpa pelo rebaixamento.
— Fizemos de tudo para o time não cair e demos o melhor. Mas, infelizmente, as coisas de fora atrapalharam muito. Assim que eu cheguei ao Goytacaz, pelo Trivella (Flávio, empresário parceiro do clube), eram três grupos. Era o grupo do Trivella, os jogadores contratados pelo Athirson (ex-treinador do clube) e o grupo dos meninos da casa. Cada um ficava em um canto e não tinha entrosamento, algo que os outros times tinham — disse ao site Futrio.
PAULO RENATO DO PORTO 
Por: Folha 1

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