Após negociação, mais 166 brasileiros que estavam na Venezuela retornam ao país

Mais de 70 brasileiros aguardam na Venezuela autorização para voltar ao Brasil

Mais de 70 brasileiros aguardam na Venezuela autorização para voltar ao Brasil.

Mais 166 brasileiros que estavam na Venezuela voltaram ao Brasil na noite desta terça-feira (26), com autorização do governo venezuelano após negociações com o Itamaraty. Entre elas, estão 9 brasileiras que foram submetidas a cirurgias na Venezuela e 5 acompanhantes.

As pacientes estavam em Porto Ordáz (a cerca de 650 km da fronteira), a maioria para passar por procedimentos estéticos. A cidade é destino recorrente de brasileiros em busca de cirurgias plásticas em razão do preço, menor do que o praticado no Brasil.

Após negociação, autoridades do lado venezuelano permitiram a continuidade da viagem ao Brasil.

Durante a manhã, outras duas mulheres recém-operadas se arriscaram para atravessar utilizando as rotas e precisaram ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros.

Inês Cristina, uma das acompanhantes, disse que deixou Porto Ordaz às 5h em um carro com outras duas pessoas e chegaram a fronteira às 15h, onde permaneceu por mais uma hora até a chegada de outros veículos do comboio. Ao chegar, disse ter “dado sorte” de encontrar o governador do estado de Bolívar, onde fica Puerto Ordáz. Foi ele que mediou o processo de entrada.

A garimpeira Karen Porto, 33 anos, que estava há oito dias em Porto Ordaz, fez uma cirurgia bariátrica, por conta da diabetes. Há cinco anos ela planejava ir à Venezuela para a realização da cirurgia, e viajou de Itaituba, no Pará, somente para a realização do procedimento. “Não me arrependo, porque vai ser uma nova experiência para mim, além da minha saúde”, disse.

A mulher disse que em nenhum momento os militares venezuelanos foram violentos. “Lá estava tudo tranquilo, vimos essa movimentação na televisão e deu um pouco de medo de voltar, mas graças a Deus estamos aqui.”

A Venezuela fechou a fronteira com o Brasil na quinta-feira (21), por ordem de Nicolás Maduro, para impedir a entrada de ajuda humanitária ao país.

Desde então está proibida a passagem de veículos e pedestres, mas ambulâncias passam pelo bloqueio e pessoas têm usado rotas clandestinas para cruzar os dois países.

Por Jackson Félix, G1 RR — Pacaraima

Por: G1

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