Exército pressiona e USP recua e confirma matrícula de alunos de colégios militares

A Universidade de São Paulo recuou e decidiu por confirmar a matrícula de candidatos de Colégios Militares, mantidos pelas Forças Armadas, que foram aprovados no vestibular da instituição utilizando a “cota” de alunos oriundos de escolas públicas.

A universidade tinha suspendido as matrículas de estudantes de escolas militares, mobilizando, na última quinta-feira, o Comando do Exército e o Ministério da Educação. A corporação, segundo o jornal O Estado de São Paulo, classificou o ato como retaliação ao governo de Jair Bolsonaro.

A decisão pela suspensão afetava mais de 20 alunos, nas contas do Exército, ou dez, na estimativa da USP.

Em nota, a USP explicou ainda que analisou “caso a caso” as matrículas relativas a este grupo de estudantes – que optaram pela critério de egressos de escola pública – após questionamentos recebidos pela Comissão de Acompanhamento do Vestibular da instituição.

Tais reclamações, segundo a nota, alegavam que existiam instituições denominadas militares, mas que, na verdade, eram administradas por entidades privadas e mantidas por mensalidades, anulando assim o critério de escola pública.

Quando da decisão pela suspensão, a Pró-Reitoria de Graduação da USP alegou que as 12 escolas mantidas pelo Exército não se enquadrariam no sistema de cotas por serem mantidas por contribuições e quotas mensais pagas por pais de alunos.

Pegos de surpresa, o Comando Militar do Sudeste acionou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, na tentativa de reverter a suspensão, comunicada via e-mail aos estudantes.

*As informações são do jornal O Estado de São Paulo.*

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