Bolsonaro retira dreno do abdômen e sonda nasogástrica, diz boletim médico
Dreno tinha sido colocado há quatro dias. Presidente apresentou boa evolução clínica e postou foto comendo gelatina.
Bolsonaro posta foto com gelatina na mão — Foto: Divulgação/Twitter Oficial Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) retirou o dreno colocado no seu abdômen há quatro dias e a sonda nasogástrica, segundo o boletim médico divulgado na tarde desta sexta-feira (8) pelo Hospital Albert Einstein. Ele segue tomando antibióticos para combater uma pneumonia bacteriana e tem as visitas restritas.
“O excelentíssimo Presidente da República, Jair Bolsonaro, permanece internado na Unidade Semi-Intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein. Apresentou boa evolução clínica nas últimas 24 horas, continua estável, afebril e sem dor. Não tem disfunções orgânicas e houve melhora dos exames laboratoriais. O dreno colocado no seu abdome, há quatro dias, foi retirado hoje pela equipe da radiologia intervencionista.
Devido à melhora do quadro intestinal e boa aceitação da dieta líquida, a sonda nasogástrica foi retirada. Permanece com os antibióticos e nutrição parenteral. Estão sendo mantidas as medidas de prevenção de trombose venosa, sendo realizados exercícios respiratórios, de fortalecimento muscular e períodos de caminhada fora do quarto.
Por ordem médica, as visitas permanecem restritas.”
Boletim médico do presidente Jair Bolsonaro desta sexta-feira (8) — Foto: Divulgação/Hospital Albert Einstein
Caldo de carne e gelatina
Bolsonaro postou na manhã desta sexta-feira (8) em sua conta no Twitter uma foto segurando uma colher com gelatina em seu quarto.Bolsonaro disse que voltou a se alimentar pela primeira vez desde cirurgia: “Nas últimas horas tive o prazer de voltar a comer. Ontem pela noite um caldo de carne e hoje uma boa gelatina. Estou feliz, apesar de não ser aquele pão com leite condensado kkkk. Bom dia a todos!”
Segundo a assessoria da Presidência, Bolsonaro recebeu nesta sexta a visita de um dos seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e mais tarde recebeu no hospital o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas e o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, Jorge Oliveira.
Presidente da República, Jair Bolsonaro, em reunião de trabalho nesta tarde, no Hospital Albert Einstein, com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, Jorge Oliveira — Foto: Divulgação/Presidência da República
Bolsonaro passou por uma cirurgia para retirar uma bolsa de colostomia e refazer a ligação entre o intestino delgado e parte do intestino grosso no dia 28 de janeiro. Ele está internado na unidade semi-intensiva do hospital.
O porta-voz da Presidência, Otávio de Rêgo Barros, disse que “o presidente estava no quarto conversando. “A recomendação é que não se ponha muito porque ele ainda carece de recuperação adequada e repouso necessário para que debele essa pneumonia”, disse o porta-voz
“Os antigos antibióticos e o antigo processo facilitaram uma rápida reação ao combate a essa pneumonia”, afirmou Rêgo Barros.
Cronologia da internação
Segunda-feira (28/1)
Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. O procedimento terminou após sete horas e ocorreu “com êxito”, segundo informou o Palácio do Planalto.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, a cirurgia foi realizada “sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue”. Foi realizada uma “anastomose do íleo com o cólon transverso”, que é a união do intestino delgado com uma parte do intestino grosso. Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.
Terça-feira (29/1)
Bolsonaro seguiu na UTI do Hospital Albert Einstein após a retirada da bolsa de colostomia. Ele recebeu analgésicos para controle da dor e não apresentou sangramentos ou complicações, ficando sem febre ou sinais de infecção.
Quarta-feira (30/1)
Bolsonaro reassumiu a Presidência da República e passou a despachar de um escritório que foi montado no mesmo andar onde está internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.
Quinta-feira (31/1)
O porta-voz da presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro estava tentando se manter sem falar, mas a recomendação médica era difícil de ser acolhida: “O presidente é difícil, ele está falando já. A despeito do médico dizer para ele ficar calado, ele já está falando”.
Sexta-feira (1º/2)
O boletim médico do dia informou que Bolsonaro teve boa evolução clínica. “Já apresenta sinais de início dos movimentos intestinais”. “Segue com dieta parenteral (endovenosa) exclusiva, sem infecção ou outras complicações. Realiza fisioterapia respiratória e períodos de caminhada fora do quarto. Por ordem médica, o paciente segue com visitas restritas.”
Sábado (2/2)
O presidente teve náuseas e vômito, e os médicos precisaram colocar uma sonda nasogástrica.
Domingo (3/2)
Bolsonaro continuou usando uma sonda nasogástrica aberta, com evolução clínica estável. De acordo com o boletim médico, o presidente ficou sem dor e sem sinais de infecção. Bolsonaro foi submetido a uma tomografia de abdome que descartou complicações cirúrgicas. Ele está em jejum oral e nutrição parenteral exclusiva.
Segunda-feira (4/2)
Bolsonaro teve elevação na temperatura, passou a tomar antibiótico e a alta prevista para quarta-feira (6) foi adiada, segundo o porta-voz Otávio Rêgo Barros. O boletim médico informou que o presidente passou a tomar antibióticos e foram realizados novos exames de imagem. Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local. O presidente apresentou movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação.
Terça-feira (5/2)
O presidente teve melhora do seu estado de saúde e começou a receber líquido por via oral. Bolsonaro apresentou aumento da movimentação intestinal, o que possibilitou o início de injeção de líquido por via oral. “Os exames laboratoriais apresentam melhora. O paciente segue com antibióticos e dreno no abdome”, disse o boletim médico.
Quarta-feira (6/2)
O presidente apresentou quadro clínico estável, sem dor ou febre, com melhora dos exames laboratoriais e de imagem, segundo boletim médico divulgado nesta quarta-feira (6). Ele também voltou a caminhar no corredor do Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.
Quinta-feira (7/2)
Segundo boletim médico, Bolsonaro teve um episódio de febre e uma tomografia no tórax detectou uma pneumonia. Segundo os exames, a pneumonia teve origem bacteriana. Foi acrescentado um novo antibiótico no tratamento do presidente.
Por: G1