E no país das vergonhas, mais uma tragédia ambiental na conta da Vale, que até hoje não foi punida pelo ocorrido em 05 de novembro de 2015

Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Rejeito atingiu o Rio Paraopeba, diz Corpo de Bombeiros

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o rejeito que vazou da Mina Feijão atingiu o Rio Paraopeba às 15h50. O vazamento ocorreu em consequência do rompimento de uma barragem no início da tarde de hoje (25).

Neste vídeo, funcionários que se encontravam no local, entram em desespero e tentam fugir e afirmam ter mortos soterrados no local:

Os bombeiros estimam que cerca de 200 pessoas estão desparecidas. Situada em Brumadinho (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, a Mina Feijão pertencente à Vale.Mais cedo, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), empresa vinculada ao governo mineiro, informou que poderia alterar a forma de abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte, que é atendida pelo Sistema Paraopeba. A estatal, porém, assegurou que a população não seria prejudicada.

“Caso seja necessário, o abastecimento da região atendida pelo Sistema Paraopeba, passará a ser realizado pelas represas do Rio Manso, Serra Azul, Várzea das Flores e pela captação a fio d’água do Rio das Velhas”, informou nota da Copasa.

Barragem da mineradora Vale se rompe e atinge Brumadinho – carolina.ricardi

Notificação

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) divulgou nota informando que às 13h37 foi comunicada do rompimento pelo gerente de segurança e emergências ambientais da Vale. Equipes do Núcleo de Emergência Ambiental da Semad se deslocaram para o local do acidente para verificar a ocorrência e tomar as providências necessárias.

Funcionários que estavam no local, registraram imagens do ocorrido:

“O empreendimento, e também a barragem, estão devidamente licenciados, sendo que, em dezembro de 2018, obteve licença para o reaproveitamento dos rejeitos dispostos na barragem e para seu descomissionamento [encerramento de atividades]. A barragem não recebia rejeitos desde 2014 e tinha estabilidade garantida pelo auditor, conforme laudo elaborado em agosto de 2018. As causas e responsabilidades pelo ocorrido serão apuradas pelo governo de Minas”, informou a pasta.

Por Léo Rodrigues – Repórter da Agência Brasil  São Paulo

EBC

 

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