A chantagem a Bolsonaro dos parlamentares que foram humilhados na China
“Quem vai garantir os votos que ele precisa no Congresso? Os deputados da sua base ou Olavo de Carvalho? O Fernando Henrique perdeu a reforma da Previdência [em 1998] por um voto. Quantos votos Bolsonaro tem aqui na China?”
Na China Bolsonaro tem 11 votos. No Brasil, tem 58 milhões. E em 1998 não havia Facebook nem Twitter, pra gente divulgar os nomes dos 11 chantagistas que disputaram eleições para parlamentares e aparentemente foram eleitos senhores do destino da nação.
Colocando a carroça na frente dos bois, o assessor de Alexandre Frota dá a entender que Jair Bolsonaro só foi eleito por conta dos 11 ilustres porquinhos:
“Não foi o Bolsonaro que os elegeu. Quando Bolsonaro estava numa cama de hospital, essa turma estava nas ruas fazendo campanha para ele.”
Interessante que João Doria assegurou sua eleição ao governo de São Paulo ao cristianizar o candidato de seu partido e “grudar” em Jair Bolsonaro. Romeu Zema saiu do 4º lugar para a liderança da disputa em MG ao dizer em debate que governaria junto de Jair Bolsonaro. E Wilson Witzel era um completo desconhecido até um mês antes do pleito, quando começou a adotar discurso idêntico ao de Jair Bolsonaro.
Mas se não fosse por Alexandre Frota, Carla Zambelli e Daniel Silveira, Jair Bolsonaro não seria Presidente?
O brasileiro médio já sofre da síndrome do pequeno poder. O agravante dessa leva de parlamentares é que quase todos saíram do Youtube e do FB, onde estavam acostumados a falarem para a claque e serem incensados como gênios da raça a cada bobagem proferida.
Junte-se anos de adulação online a um mandato parlamentar, e o que você tem é um “acadêmico do 9º período de Direito” achando que sem ele o governo não governa e o país quebra.
Só que na era das redes sociais, não se pode chantagear uma nação inteira anonimamente.
Se a reforma da previdência não passar, nós já sabemos quem não reeleger em 2022, Sr. Cleber Teixeira.