O PT fora de órbita por completo e arrastando alguns de seus simpatizantes
Partido demonstra ter perdido o rumo. Radicalizou ainda mais o discurso, criou um mundo à margem da realidade e só acumula infortúnios políticos. Bolsonaro agradece
A maior distrofia política do partido aconteceu na posse de Jair Bolsonaro, eleito democraticamente, inclusive com o respaldo do próprio PT, que disputou o segundo turno contra ele, e deu legalidade ao processo. O PT se recusou a participar da solenidade de posse do novo governo do Brasil.
Foto: Brasil 247
Mas a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmman, tomou um avião e foi para Caracas prestigiar a posse de Maduro. Ao insistir num segundo mandato usurpado, Maduro mantém a população venezuelana na maior crise humanitária do continente e mesmo assim o PT foi bater palmas para o ditador Maduro, que não é reconhecido nem mesmo pelo Grupo de Lima, incluindo Brasil e Argentina.
Partido protegeu terrorista
Esses moderados classificam também como “atitudes isoladas” as manifestações de contrariedade à extradição de Cesare Battisti. O terrorista italiano vivia no Brasil e recebeu refúgio no governo do ex-presidente Lula. Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua, acusado de participar da execução de quatro pessoas durante a década de 1970, quando era militante de um grupo extremista de esquerda. Aqui no Brasil, o italiano estava preso desde 2007 mas recebeu o agrado do ex-presidente Lula e permaneceu livre e intocável até o ano passado em São Paulo, quando o ex-presidente Michel Temer (MDB) decidiu revogar a condição de refugiado do italiano. Contudo, o terrorista italiano fugiu no final do ano passado, sendo encontrado pela polícia boliviana nesta semana. O governo de Evo Morales, que sempre foi muito próximo do PT, nem pensou duas vezes e determinou a volta de Battisti à Itália para cumprir a pena. O PT, mais uma vez, ficou como voz isolada na opinião pública, defendendo um terrorista assassino.
No mundo real, Lula está preso. E a expectativa é que sofra novas condenações até o final de abril. O processo do sítio de Atibaia, que teria sido reformado com dinheiro das empreiteiras Odebrecht, OAS e Schahim, é o que está mais perto de ser julgado. Além dele, há também a denúncia sobre o terreno do instituto Lula, no qual o ex-presidente é acusado de ter recebido R$ 12,2 milhões de propina da Odebrecht. Nesses dois casos, Lula pode pegar até 20 anos de cadeia. Ao se manter fora de órbita, o PT vai reforçando os argumentos antipetistas que resultaram na sua derrota nas eleições do ano passado. Maior beneficiário disso, o PSL do presidente Jair Bolsonaro agradece.