Suspeito de matar turista em trilha no RJ diz que exames vão provar inocência
Matheus Augusto da Silva, de 22 anos, foi preso em São Carlos (SP) nesta sexta-feira (14).
Preso em São Carlos (SP) nesta sexta-feira (14), o suspeito de matar uma turista no Rio de Janeiro, Matheus Augusto da Silva, disse ao G1 que não conhecia a vítima e que é inocente.
“Eu gostaria de deixar o tempo mostrar a hora que sair o resultado dos exames [de DNA] para mostrar realmente que sou inocente dessas acusações e a minha vida voltar a ser normal de novo”, declarou o rapaz na Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Matheus Augusto da Silva foi preso em São Carlos — Foto: Fabiana Assis/G1
Silva disse ainda que estava em Arraial do Cabo (RJ) próximo ao local onde o corpo da empresária de Florianópolis (SC) Fabiane Fernandes, de 30 anos, foi encontrado.
“Estava com um rapaz que é hippie, ele estava fazendo os artesanatos e eu aprendendo com ele. Estava acampando na barraca, próximo onde ela morreu, em um lugar bem perigoso próximo à Favela da Coca-Cola. Eu nunca vi, nem sei nem que era. Só fui ver ela na televisão”, disse o jovem que é de São Carlos.
“Eu estava com um tablet, por coincidência eu consegui sinal de internet de graça depois do outro dia que essa moça veio a óbito. Eu tive que vender o tablet em São Paulo para conseguir passagem”, contou.
Prisão
Fabiane Fernandes desapareceu em uma trilha na Região dos Lagos do Rio — Foto: Reprodução/Inter TV
Silva foi preso em uma clinica psiquiátrica de reabilitação próxima a Analândia (SP), a 48 quilômetros de São Carlos. Policiais civis do Rio chegaram à cidade com um mandado de prisão temporária de 30 dias. Com o auxílio da DIG, as buscas começaram às 5h e o suspeito foi encontrado por volta das 10h desta sexta.
“Ele foi reconhecido por uma testemunha como sendo a pessoa que violentou e depois matou a turista”, disse o delegado do Rio Michel Floroschk.
De acordo com o delegado, o suspeito é investigado pelo crime de estupro e homicídio. “O que a gente pôde perceber é que nos antebraços dele há marcas de unha, o que nos leva a crer que houve uma luta corporal com a vítima”, afirmou Floroschk.
O suspeito afirmou que estava acampado, mas negou as acusações. “Ele diz que esteve no Rio, que esteve com a moça, mas que tais fatos não foram praticados por ele. A versão dele vai ser confrontada com as provas no inquérito”, disse o delegado.
Transtorno bipolar
Delegado do Rio Michel Floroschk (à esq.) e Gilberto de Aquino da DIG — Foto: Fabiana Assis/G1
A mãe do jovem detido em São Carlos ficou desesperada com prisão do filho. Ela, que não quis se identificar, disse que ele tem transtorno bipolar e que ficou sem contato por mais de 30 dias.
De acordo com a mãe, o filho teria ido para Campinas e, após conhecer um hippie, seguiu para o Rio. Depois de um mês ele ligou para a mãe pedindo dinheiro para voltar.
Segundo o delegado da DIG Gilberto de Aquino, o rapaz confirmou que estava perturbado porque teve um desencontro amoroso com uma pessoa e, por isso, deixou a cidade e foi para Campinas na casa de um familiar.
Suspeito foi levado para o Rio de Janeiro para ser interrogado — Foto: Fabiana Assis/G1
Por Fabiana Assis e Fabio Rodrigues, G1 São Carlos e Araraquara