150 policiais fazem operação na cidade de Campos para prender quadrilha do celular, inclusive no Camelódromo
Pelo menos 150 policiais civis, militares e rodoviários federais, em mais de 30 viaturas, atuam desde as 6h desta terça-feira (11), para o cumprimento de 25 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão contra integrantes de uma quadrilha de roubo de celular que atua no município de Campos. A operação tem o apoio, ainda, do Ministério Público e da Guarda Civil Municipal.
De acordo com a polícia, a maioria dos mandados da Operação Quebrando a Banca é cumprida em Guarus, mas a ação também é realizada em Itaperuna e São Francisco de Itabapoana. Somente no Jardim Carioca, até o momento, dois homens foram presos. Na área central, a ação acontece no Shopping Popular Michel Haddad, onde são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. Dois permissionários foram detidos em suas casas.
O alvo da operação são integrantes de uma quadrilha que rouba, desbloqueia e negocia celulares. “Operação Quebrando a Banca porque quebra a cadeia da atuação desde o furto ou roubo até a negociação”, ressaltou o delegado adjunto da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Pedro Emílio Braga.
— É uma operação de repressão a roubos se celulares, em que a gente busca atacar toda a cadeia, desde o momento em que o roubo acontece na rua, passando pelas pessoas que são responsáveis por desbloquear esses celulares, fazer a alteração de IMEIs (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) e recolocar esses telefones no mercado, através da atuação do terceiro grupo, que é responsável pela comercialização. Foram pelo menos seis meses de investigação para conseguirmos delinear esse tecido organizacional e identificar essas diferentes células, que atuam de forma coordenada para fazer girar esse “mercado”, que acaba ocasionando o aumento da criminalidade de rua — ressaltou o delegado.
Delegado titular da 134ª DP, Pedro Emílio Braga explicou que a Operação Quebrando a Banca é considerada complexa:
— Trata-se de uma organização criminosa composta por vários grupos: o primeiro é o que rouba e furta aparelhos de telefone celular; o segundo é aquele que rouba o produto do crime; o terceiro é aquele que desbloqueia, que adultera, para fazer com que o aparelho sirva, que possa ser utilizado. Eles atuam conjuntamente. A investigação está desaguando na operação de hoje para ver se a gente consegue fazer com que esse comércio ilícito de telefone celular diminua. É uma grande rede, com pelo menos 70 pessoas integrantes de núcleos diferentes, desde os que assaltam, passando pelos que desbloqueiam os celulares — geralmente pessoas dos dois outros municípios onde a operação acontece —, até os que comercializam. Os núcleos são distintos, mas estão ligados e compõem uma grande organização criminosa.
Imagens: Verônica Nascimento
VERÔNICA NASCIMENTO
Por: Folha1