Conselho de Ética da Alerj estuda casação de deputados envolvidos em corrupção

Representação pede ao Conselho de Ética da Alerj perda do mandato dos dez deputados presos.

Foto Montagem: Folha1

Após a deflagração da Operação Furna da Onça, na última quinta-feira, com o cumprimento de mandados de prisão contra dez deputados fluminenses, a bancada do PSOL na Assembleia Legislativa (Alerj) protocolou representação por quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa contra os dez parlamentares. Uma outra tentativa de abrir um processo contra membros da Alerj, já havia ocorrido no ano passado, sendo esse, encabeçado pelo deputado Marcelo Freixo.

Dessa vez, o documento foi entregue, na semana passada, à mesa diretora, que encaminhou o pedido ao conselho e esse determino a data de sua apreciação.

A pouco mais de um mês para o final da legislatura, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) marcou para a próxima quinta-feira (22) reunião que irá analisar o pedido de cassação do presidente afastado Jorge Picciani (MDB), do seu antecessor no cargo Paulo Melo (MDB) e o então líder do governo Edson Albertassi (MDB). O detalhe é que o pedido foi protocolado há um ano, após a operação Cadeia Velha, que prendeu o trio. A informação é da jornalista Berenice Seara, do jornal Extra.
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Foto: Setor 1
Atual corregedor e responsável por abrir investigações sobre os colegas, justamente ele, o deputado Chiquinho da Mangueira (PSC) foi um dos alvos de outra operação que abalou as estruturas da Alerj, a Furna da Onça, que levou à prisão sete parlamentares e emitiu mais um mandado de prisão para Picciani, Melo e Albertassi. Chiquinho foi um dos deputados que tiveram a prisão temporária convertida em temporária (sem prazo para acabar) pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).
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            Dia Online – R7.com
Também foram presos na Furna da Onça os deputados estaduais André Corrêa (DEM), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius Neskau (PTB). No entanto, apenas Simão não teve a prisão renovada, mas o TRF-2 determinou a proibição de entrar na Alerj. Também foram alvo da operação o ex-secretário de Governo, Affonso Monnerat, o ex-presidente do Detran, Leonardo Jacob e o seu antecessor e deputado federal eleito Vinícius Farah (MDB).
Na última sexta-feira, a operação Cadeia Velha completou um ano. Nela, Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi foram presos acusados de receber propina para legislarem em favor dos interesses de empresários do transporte.
Um dia depois, o plenário da Assembleia Legislativa votou pela soltura dos três deputados, que chegaram a deixar a prisão. No entanto, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu pela manutenção da prisão preventiva do trio. Posteriormente, Picciani conseguiu converter a medida em prisão domiciliar para um tratamento de câncer, porém, Albertassi e Melo continuam atrás das grades.
Os procuradores dizem que os pagamentos começaram na década de 90 e continuaram até em 2017. Só da Fetranspor, a federação que reúne empresas de ônibus no Rio, Jorge Picciani teria recebido R$ 77 milhões de 2010 para cá. Melo é suspeito de receber R$ 54 milhões, a maior parte quando foi presidente da Alerj. Albertassi, por sua vez, teria recebido R$ 3,7 milhões em propina.

Flávia Junqueira

EXTRA

Folha1 Ranoticias.com


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