Ministro do STJ manda soltar Joesley Batista; empresário foi preso na Operação Capitu

Resultado de imagem para foto de prisão de Joesley Batista dia 9/11Foto: Página 3

Na mesma decisão, Cordeiro mandou soltar os ex-executivos do grupo, Ricardo Saud,  Demilton Antônio de Castro e Florisvaldo Caetano de Oliveira – os  três também delatores na Lava Jato.

Além deles, outros presos preventivamente  também tiveram o pedido de prisão revogada, inclusive o ex-deputado Eduardo Cunha, que vai continuar preso porque está detido por outras operações.

Na noite desse domingo,  o mesmo juiz já  havia concedido habeas corpus para dois presos pela Operação: o deputado eleito pelo PP do Mato Grosso, Neri Geller, e Rodrigo Figueiredo, ex-secretário do Ministério da Agricultura.

Na decisão de hoje e de domingo,  o ministro  Nefi Cordeiro,  afirma  que as prisões foram ilegais, porque  a colaboração com a Justiça deve ser sempre voluntária e, mesmo com acordo de delação, esconder fatos não significa prejudicar a colheita de provas sobre o objeto da investigação.

Já o Ministério Público Federal sustenta que Joesley e os outros envolvidos  destruíram provas, e que apesar de terem firmado acordo de delação, esconderam fatos da investigação. Cordeiro entende que o descumprimento do acordo de delação deve ser punido com a anulação do acordo e não com a prisão preventiva ou temporária.

De acordo com a investigação, em 2014, funcionários do Ministério  da Agricultura teriam recebido propina para favorecer o Grupo J&F, do empresário Joesley Batista, com a intermediação do então deputado Eduardo Cunha.

No dia 9 de novembro, a Operação Capitu cumpriu 56 mandados de busca e apreensão em seis estados, e 15 pessoas foram presas. Entre elas, o atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade, do MDB, e o empresário Joesley Batista, da JBS.

Por: Kariane Costa

EBC

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