O PT sabia que Bolsonaro seria candidato, venceria e convidaria Sérgio Moro para o seu estafe?
Defesa de Lula pede liberdade de ex-presidente ao STF com base em indicação de Moro
A defesa do ex-presidente Lula protocolou nesta segunda-feira junto ao Supremo Tribunal Federal um novo pedido de habeas corpus pedindo a liberdade do petista. O documento pede que a Corte declare nulo o julgamento do petista no caso do tríplex do Guarujá, alegando suspeição do juiz Sergio Moro. A tática dos advogados de Lula já havia sido empregada anteriormente sem sucesso, mas agora ganhou novos contornos após o magistrado aceitar o convite para chefiar o ministério da Justiça e da Segurança Pública no Governo de Jair Bolsonaro.
“A formalização do ingresso do juiz no cenário político – em ostensiva oposição a Lula — torna ainda mais necessária uma análise retrospectiva de sua conduta em relação ao ex-Presidente”, escrevem os advogados do petista. Mais à frente, afirmam que “providências tomadas em processos judiciais contra o Lula resultaram em benefícios eleitorais ao agora Presidente eleito, que, logo após o sufrágio, concede um dos mais relevantes cargos do governo federal ao mesmo magistrado.Tudo coincidência?”.
Na petição os advogados de Lula destacam que Moro teria mantido contato com integrantes da campanha de Bolsonaro durante o processo eleitoral, o que configuraria parcialidade do magistrado. Durante este período, ele levantou o sigilo de parte da delação do ex-ministro Antonio Palocci, que implicava o ex-presidente. Os defensores do ex-presidente também reforçam a tese de que em outras ocasiões – como no episódio da condução coercitiva de Lula – Moro já havia demonstrado viés político e ilegal em suas ações. Foto: Nelson Antoine/AP