Polo Eleitoral de Campos inicia inseminação das urnas para o segundo turno
O Polo Eleitoral de Campos iniciou, nesta quarta-feira (17), a inseminação das urnas que serão utilizadas no segundo turno das eleições para governador e presidente da República nas zonas eleitorais do município e também de São João da Barra, São Francisco de Itabapoana, São Fidélis, Cardoso Moreira e Italva. Uma auditoria nas urnas de SFI, inseminadas esta manhã, foi realizada pela Justiça e pelo Ministério Público Eleitoral.
O juiz Alexandre Rodrigues de Oliveira e o promotor Sérgio Ricardo Fonseca simularam uma votação, como eleitores comuns, para verificar o funcionamento do equipamento e integridade dos dados dos candidatos e eleitores. Foram sorteadas duas seções da 130ª Zona Eleitoral, única de São Francisco. Para não caracterizar qualquer possibilidade de propaganda eleitoral, eles seguiram a ordem dos candidatos pelo número da legenda, votando e corrigindo o voto dado ao primeiro, para averiguar se constava os dados do outro, e confirmando para gerar o boletim da votação da urna. Assim fizeram para a votação ao governo do Estado do Rio e para a Presidência da República. Foi pedido, também, que um eleitor participasse do procedimento e uma repórter da Folha votou na auditoria, seguindo o mesmo procedimento do juiz e do promotor. Foi gerado o movimento das urnas e conferida a votação. Em seguida, as urnas foram novamente zeradas, para nova inseminação.
O juiz eleitoral preferiu não dar entrevista, mas o promotor falou sobre a segurança da eleição eletrônica, utilizada há 22 anos no Brasil.
Confiram a fala do promotor:
— Vamos supor que uma ou duas urnas sejam fraudadas — o que não se acredita ocorrer —, ainda assim a possibilidade de isso influenciar o resultado das eleições é ridícula. São milhares de pessoas fiscalizando, temos a presença do juiz eleitoral, do MP, dos fiscais, diversos funcionários em todas as zonas eleitorais. É um processo absolutamente fiscalizado e absolutamente seguro, ou seja, temos a convicção de que a vontade popular será extraída das urnas, com toda certeza — assegurou o representante do MP Eleitoral.
O coordenador da 130ª ZE, Jorge Louback, acompanhou a inseminação no Polo Eleitoral de Campos, que funciona no campus Centro do Instituto Federal Fluminense (IFF). “É um trabalho muito especial. A geração de mídias é feita pelos cartórios eleitorais do sistema oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, nesse momento, a gente vai inserir os dados. A gente publica edital sobre a inseminação, para dar transparência a todos os atos da Justiça Eleitoral, convidando presidentes de partidos, fiscais de partidos e qualquer autoridade que queira comparecer à geração de mídia, que é justamente a geração dos dados dos candidatos, dos dados dos cartórios que vão para as urnas”.
A inseminação das urnas eletrônicas (inclusão dos dados dos candidatos e dos eleitores) no Polo Eleitoral de Campos prossegue até terça (23). São cerca de 1600 urnas, incluindo as de contingência, usadas em caso de substituição. A 37ª ZE (SJB) receberá 114 urnas; a 35ª ZE (São Fidélis), 94; a 130ª ZE (SFI), 116; e a 141ª ZE (Cardoso Moreira/Italva), 85. Em Campos, que tem quatro zonas eleitorais, a 98ª ZE receberá 288 urnas; a 76ª ZE, 290; a 75ª ZE, 307 e a 129ª ZE terá 190 urnas efetivas. Todas as zonas eleitorais recebem urnas de contingência.
A inseminação das urnas funciona como uma audiência pública, com publicação do ato pelos cartórios eleitorais e podendo ser acompanhada por autoridades, partidos políticos ou qualquer cidadão.
— O polo, coordenado pela 98ª Zona Eleitoral, recepciona as urnas enviadas pelo TRE do Rio e, concluindo a inseminação, as direciona para os locais de guarda das zonas eleitorais dos municípios de sua abrangência. Esse ano, Italva e Cardoso, que integravam o polo de Itaperuna, passaram para o de Campos. Contamos com 34 técnicos, um supervisor e 12 funcionários de apoio, fazendo a logística e a preparação das urnas. Sobre a segurança das urnas, as pessoas podem conferir pessoalmente, pois as mídias são inseminadas nas urnas sem que estejam ligadas a qualquer rede, não havendo possibilidade de ataque externo, de nenhum agente criminoso. Ela é feita de forma individualizada, para cada sessão eleitoral. Somente naquela determinada seção eleitoral tem os dados daquele determinado eleitor, que não poderá votar em nenhuma urna a não ser aquela que foi inseminada para sua seção – explicou o coordenador do polo de Campos, Messias Velemem.
VERÔNICA NASCIMENTO
Por: Folha1