Eduardo Paes, se eleito, diz retomar as escolas que foram entregues aos Municípios

Eduardo Paes (DEM) dá entrevista exclusiva para o RJ2

Eduardo Paes, candidato do DEM ao governo do estado do Rio de Janeiro, foi entrevistado nesta segunda-feira (15) no RJ2. Durante a entrevista, Paes disse que, se eleito governador, vai pedir para “pegar” obras de escolas municipais que ele não entregou quando prefeito, e não foram finalizadas pela atual gestão, para transformar em colégios estaduais.

O ex-prefeito também fez críticas à tomada de depoimentos e divulgação, na semana das eleições, de acusações de dois de seus ex-secretários municipais: Alexandre Pinto e Luiz Antônio Guaraná.

“Eu acho curioso. Se você for notar essas coisas surgiram todas na semana da eleição, né? Eu acho que tem que ter investigação. Eu defendo que os depoimentos sejam prestados sempre e que as investigações aconteçam. Agora é muito estranho surgir na semana das eleições esses dois depoimentos que acusam secretários meus”, ressaltou o candidato.

Na sequência, o ex-prefeito chamou de “irresponsável” o depoimento e fez ponderações sobre o momento em que Pinto resolveu enfatizar suposto conhecimento de Paes sobre irregularidades.

“Acho um pouco irresponsável. Mas você está lidando com criminosos. Criminoso confesso, condenado que pode se aproveitar desse momento. Ele prestou três depoimentos antes. Esse sujeito foi preso duas vezes. Era um quadro técnico, não tinha obrigação política nenhuma. Relação política. Esse mesmo sujeito depois de prestar três depoimentos, ser preso duas vezes, chega na véspera da eleição e faz essas acusações. É no mínimo estranho”, pontuou.

Educação

Quando era prefeito, Paes prometeu que construiria 110 Escolas do Amanhã. No entanto, ao terminar o segundo mandato, em 2016, o ex-prefeito ficou devendo a entrega de 24 unidades de ensino. O candidato justificou dizendo que “houve problemas nas obras”.

Ao RJ2, Paes disse que, se eleito governador do RJ, vai pedir para transformar os colégios em instituições estaduais e concluir as obras.

“Eu, se eleito governador, vou pedir essas escolas para o governo do estado, que faltam escola de ensino médio na cidade Rio de Janeiro. E vou pegar essas escolas e transformar em escolas para o ensino médio”, prometeu.

Eduardo Paes, do DEM, no estúdio do RJTV — Foto: Marcos Serra Lima/G1

Eduardo Paes, do DEM, no estúdio do RJTV — Foto: Marcos Serra Lima/G1

Também sobre a gestão como prefeito, Paes foi confrontado com números do relatório final do programa de visita às escolas, do Tribunal de Contas do Município. O documentou apontou uma queda na qualidade de ensino municipal.

No início de 2009, quando Paes assumiu, 23% das escolas estavam em situação precária, ou razoáveis com risco. Ao deixar a gestão municipal, em 2016, o índice subiu para 62%. Sem fazer uma relação direta, o ex-prefeito citou a expansão na rede de ensino para comentar o assunto.

“Eu sempre falo da expansão que a gente teve na rede. Eu construí 276 novas escolas, para a gente poder fazer ensino em tempo integral. E ensino em tempo integral é o seguinte: você vai dar para as crianças, no caso da prefeitura ensino fundamental, mais aulas de Português, mais aula de Ciências, mais aulas de Matemática, você vai ter um jovem mais preparado para o futuro.”

Segurança pública

Questionado sobre o que pretende fazer na área da segurança pública, Paes disse que tem apresentado “pontos prioritários” e que há um problema com o que chamou de “sistema”.

“Primeiro, nós temos que agir imediatamente no que eu chamo de violência nas ruas. Que é agir em cima de homicídios e de roubos. E para isso é preciso policiamento ostensivo. Falta polícia. Você vai para Baixada Fluminense é uma vergonha. Os batalhões não têm gente suficiente. Você vai para São Gonçalo é uma vergonha maior ainda. Faltam policiais nesses batalhões.”

Como um segundo ponto, o postulante citou que as ações policais precisam de mais “inteligência e investigação”, para evitar a morte de inocentes e agentes de segurança. Paes defendeu ações mais preventivas, mais “cirúrgicas”.

“Investiga para poder prender de fato aquele que está cometendo delito. O terceiro ponto importante, você ter uma corregedoria ligada diretamente ao governador do estado, independente, que possa apurar esses casos de desvios de conduta.”

Votação

Embora tenha sido prefeito, Paes não teve ampla aprovação nas urnas no Rio e tampouco em outros municípios do estado. Ao ser questionado sobre o baixo percentual de votos no 1º turno, o ex-prefeito disse que não é analista eleitoral e que tem muito orgulho do que fez na prefeitura.

“Quando eu disputei a Prefeitura do Rio de janeiro, eu fui eleito com 65% dos votos no primeiro turno. Eu amo a minha cidade. Amo o meu estado. Sou carioca. Eu adorava ser prefeito do Rio. (…) E a população tem o direito de decidir no processo democrático. Eu acho que essas análises devem ser feitas pelos jornalistas e não ser perguntada para o candidato.”

Em seguida, o candidato se dirgiu aos telespectadores afirmando que quando foi prefeito “realizou muito” e “melhorou muito a vida das pessoas”.

“Tem desafios? Tem desafios enormes. Tem muita coisa para fazer, mas é possível resolver esse estado. A gente mostrou que os desafios que a gente enfrentava na prefeitura tinham solução e a gente vai fazer o mesmo pelo estado”, garantiu.

Por: G1

Deixe uma resposta