Combate ao crime avança no Estado do Rio de Janeiro
Chefe de milícia é preso em academia de shopping com PMs e militar do Exército.
Marquinho Catiri Foto: rlima / Divulgação/Polícia Civil
Apontado como chefe de uma milícia que atua na Zona Oeste, Marcos Antônio Figueiredo Martins, conhecido como “Marquinho Catiri”, foi preso por agentes da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), no final da tarde desta segunda-feira. Ele estava acompanhado de três PMs, dois deles da ativa, e um militar do Exército. De acordo com a Polícia Civil, eles estariam fazendo a segurança do miliciano.
Segundo agentes que participaram da prisão, “Marquinho Catiri” estava dentro de uma academia de ginástica no Shopping Nova América, em Del Castilho, na Zona Norte do Rio,quando foi surpreendido pela presença dos policiais. No local, os agentes da Draco também abordaram três homens que acompanhavam o criminoso: um PM da ativa, lotado na UPP São Carlos, identificado como cabo Bruno Ramalho; outro policial militar da reserva, Pedro Paulo dos Santos; além do militar do Exército.
No interior do veículo do miliciano, os agentes encontraram uma arma que pertence a outro policial militar, este lotado no Batalhão de Operações Especiais (BOPE). Ao identificarem o dono da arma, o sargento Leandro Lucas dos Santos, os agentes fizeram contato com o PM antes de prendê-lo.
Na ação da especializada foram apreendidos quatro pistolas, todas elas com carregadores, jóias e uma quantia em dinheiro. Após os PMs serem capturados, a corregedoria da Polícia Militar foi acionada e os policiais serão presos administrativamente.
‘MARQUINHO CATIRI’ OU ‘MARQUINHO DO OURO’
Também conhecido como “Marquinho do Ouro”, ele é apontado como o chefe de um grupo paramilitar que atua sobretudo nos bairros de Bangu e Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. Posteriormente, porém, a milícia comandada por ele expandiu-se também para a Zona Norte da cidade, dominando pontos em locais como Engenho de Dentro e Del Castilho. O Disque-Denúncia (21 2253-1177) oferecia R$ 1 mil por informações que levassem à captura de Marquinho Catiri.
Entre as fontes de renda da quadrilha, está a exploração de vans e a segurança clandestina imposta a moradores, pequenos comerciantes e empresas. Os paramilitares também lucram com a distribuição clandestina de TV a cabo e com a ocupação e comercialização irregular de terrenos nas localidades onde estão presentes. Fortemente armado, o bando é apontado como responsável por diversos homicídios.
Na favela do Catiri, em Bangu, reduto que rendeu o apelido a Marco Antônio, os criminosos utilizam o aterro sanitário de Gericinó, vizinho ao complexo penitenciário homônimo, como local de descarte dos corpos de desafetos. A informação consta em um inquérito remetido à Justiça pela Draco há cerca de um ano e meio.
Pouco antes da conclusão desta investigação, em fevereiro de 2017, agentes da Draco localizaram um sítio utilizado por Marquinho Catiri e seus comparsas em Sapucaia, município na divisa com Minas Gerais. Na ocasião, seis integrantes do bando foram presos no refúgio, que contava com uma espécie de minizoológico, repleto de animais exóticos, como araras e até lhamas.
Por:EXTRA