No Dia da Árvore, Campos contabiliza mais de 100 remoções apenas neste ano

Antônio Leudo

Devido a risco de queda, nesta sexta-feira (21), técnicos da secretaria municipal de Desenvolvimento Ambiental cortaram e removeram uma árvore localizada em frente a uma creche, no Parque Tamandaré, em Campos. Com esta retirada, feita na data em que se comemora o Dia da Árvore, o município contabiliza mais de 100 remoções, por diferentes motivos, somente em 2018.

Nesta manhã, após solicitação de moradores, pais e funcionários da creche, que temiam a queda da árvore, um ipê foi cortado e removido por volta das 11h30. Ele estava com o tronco tomado por cupins e tinha a estrutura frágil. Guilherme Marinho, engenheiro ambiental da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Ambiental, coordenou a ação de retirada da árvore do bairro e comentou sobre o procedimento:
— Há umas duas semanas, recebemos a solicitação para retirar essa árvore. Fizemos uma vistoria e vimos que ela estava com a presença de bastantes cupins. Segundo moradores, isso acabou ocasionando a queda de galhos em cima de um carro, antes de sermos chamados. Após essa vistoria, constatamos que ela precisava ser retirada para garantir a integridade da creche e das crianças. Só não conseguimos resolver mais rápido porque precisávamos do auxílio do caminhão do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT).
De acordo com a secretaria de Desenvolvimento Ambiental, de janeiro deste ano até hoje, técnicos fizeram remoção de 136 árvores em Campos. Destas, 16 haviam caído, 21 estavam mortas, 17 criaram danos patrimoniais ou para construção civil e 82 foram removidas por risco de queda ou injúrias graves.
Dia da Árvore — No dia 21 de setembro, em comemoração à data, grupos e associações se reúnem para fazer campanhas de conscientização a respeito da preservação da natureza. As árvores têm vidas e desempenham uma função fundamental para o mundo: resfriar a temperatura.
Além disso, entre as diversas espécies arbóreas existentes, algumas são plantas frutíferas, como são os casos da laranjeira, pessegueiro, limoeiro, mangueira, goiabeira, abacateiro e laranjeira. Sem elas, são registrados dias mais quentes, menos chuvas, erosões, assoreamento de rios e perda de biodiversidade.
Em Campos, a secretaria de Desenvolvimento Ambiental realiza, entre outras iniciativas, um projeto, em toda a cidade, para ocupar as áreas esvaziadas pelas remoções: o “Bosques Urbanos”.
—O objetivo é fazer com que essas áreas vazias, que a gente chama de vazios urbanos, sejam transformadas em pequenos bosques. Então, essas áreas verdes estão sendo espalhadas pela cidade para levar mais conforto à população e criar uma beleza paisagística diferenciada, uma área de convívio. Quanto mais árvores têm uma cidade, maior a tendência da queda da temperatura média. É importante que a população entenda que uma árvore em frente a uma casa não é uma coisa ruim. É uma coisa boa. São cidades que estão pensando no desenvolvimento sustentável — relatou o secretário Leonardo Barreto.
JONATHA LILARGEM
Por:Folha1

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