Com confusão no VAR, Cruzeiro perde para Boca na Argentina

(Foto: Eitan Abramovich/AFP)

Chamou a atenção a utilização do árbitro de vídeo feita pelo árbitro da noite. Em um lance normal, o zagueiro Dedé trombou com o goleiro Andrada. Ninguém do Boca reclamou, o defensor cruzeirense percebeu a situação e rapidamente pediu atenção para que os médicos entrassem em campo. O juiz após alguns minutos decidiu ver o lance novamente e expulsou o defensor cruzeirense.

De todo o resto do jogo, o confronto válido pela ida das quartas de final da Libertadores, teve um Cruzeiro em alguns momentos apático, com pouca força ofensiva e tentando se aplicar taticamente. Já o Boca Juniors fez valer sua força dentro de seu estádio e garantiu o resultado.

O técnico Mano Menezes não queria apenas aguardar o ataque adversário. Pelo contrário, a ideia era ficar com a bola, deixar o clube argentino jogar pouco.

Logo no primeiro minuto, o time celeste conseguiu chegar com perigo. Em tabela entre Barcos e Egídio, o cruzamento foi tirado para escanteio. Na cobrança, Thiago Neves consegue o desvio e a bola leva muito perigo.

Esse lance inicial mostrou o que o Cruzeiro ia querer na partida. O Boca também quis controlar o jogo. E teve uma participação mais acanhada do que o normal. É comum ver o Boca dominar as partidas nos primeiros 20 minutos, mas isso não aconteceu.

O Cruzeiro conseguia jogar bem sem a bola. O Boca tinha dificuldades no meio de campo, sobretudo, na armação de jogadas.

Aos poucos os argentinos foram encontrando seu jogo. Aos 20 minutos, o Boca conseguiu criar duas boas oportunidades, uma que Dedé salvou e na outra o chute de fora da área tirou tinta da trave.

Quando o duelo alcançou os 25 minutos, era perceptível que o Cruzeiro tentava manter o confronto no mesmo ritmo que começou, mas cauteloso e lento – algo que agradava melhor o grupo de Mano Menezes. O Boca, porém, pressionava mais, esquentou o jogo.

A pressão que o Boca passou a fazer após os 20 minutos deu resultado aos 35. Após ótima tabela de Zárate e Perez, a bola sobrou na frente para o atacante que chutou na saída do goleiro Fábio para abrir o placar.

Ao término da etapa inicial, ficou claro que duas peças do Cruzeiro precisavam funcionar melhor: tanto Rafinha quanto Barcos foram nulos em campo, não contribuíram tanto quanto podiam.

Segundo tempo

O Cruzeiro voltou com muito volume na etapa complementar. Logo nos dois primeiros minutos, a Raposa contou com duas chances claras para empatar. Em uma delas, o time celeste viu o volante Barrios tirar em cima da linha.

Depois de duas boas chegadas, com quase gol do Cruzeiro, o Boca voltou a crescer no jogo. A equipe da casa controlou a partida novamente e tirava espaços.

O técnico Mano Menezes precisou tirar o armador Thiago Neves da partida, por causa de um desgaste muscular. Rafael Sóbis foi para a partida. Assim, Robinho assumiu a função centralizada de armar o grupo celeste.

VAR: Absurdo do VAR

Quando o jogo chegou aos 28 minutos, um lance normal se tornou fundamental. Em cruzamento na área, o zagueiro Dedé se chocou com o goleiro do Boca. Após algum tempo do arqueiro no chão, o juiz utilizou o recurso de vídeo e estranhamente expulsou o zagueiro Dedé.

Aos 36, em cruzamento na área, o Boca fez o segundo. A defesa da Raposa vacila para tirar a bola e Pérez chuta forte, na entrada da área, e coloca no fundo das redes.

Revejam os melhoras momentos e os gols da partida:

Do correspondente Marcellus Madureira

Por:Gazeta Esportiva

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