Seis meses de vergonha e humilhação impostas as autoridades investigativas do RJ
Polícia tenta obter delação de Orlando Curicica, no caso Marielle.
Assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa seis meses nesta sexta-feira Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo.
RIO — Após seis meses do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, a polícia ainda depende da delação do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica, para avançar na elucidação do crime. Uma fonte que atua na investigação informou que já está em andamento uma negociação entre a Delegacia de Homicídios da Capital e a defesa de Curicica para que o miliciano, preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, colabore com o caso. Se o acordo sair, o depoimento de Curicica, que sequer foi indiciado pelas mortes de Marielle e Anderson, será colhido por uma equipe que irá ao presídio.
Enquanto as negociações avançam, os policiais deram início a nova fase nas apurações. Agora, chegou a vez de ouvir o padrinho político de Marielle, o deputado Marcelo Freixo (PSOL). Ele irá depor nesta sexta-feira, às 14h, na DH. Os policiais dizem que os assassinatos por emboscada de Marielle e Anderson foram bem planejados e praticamente não deixaram rastros. No entanto, eles afirmam que não existe crime perfeito. Em seis meses, já foram produzidos dez volumes em documentos.
Por:O EXTRA