Com pouco tempo de campanha, candidatos interrompem cessar-fogo em busca do voto útil

Os candidatos à Presidência Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Fernando Haddad e Marina Silva — Foto: José Cruz/Agência Brasil; Fátima Meira/Estadão Conteúdo; Walterson Rosa/Estadão Conteúdo; Charles Sholl/Raw Image/Estadão Conteúdo

Os candidatos à Presidência Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Fernando Haddad e Marina Silva — Foto: José Cruz/Agência Brasil; Fátima Meira/Estadão Conteúdo; Walterson Rosa/Estadão Conteúdo; Charles Sholl/Raw Image/Estadão Conteúdo

Com a proximidade da eleição, acabou o cessar-fogo imposto pelas campanhas após o atentado ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro. A nova ordem é reabrir a artilharia em busca do chamado voto útil.

As candidaturas de centro agora tentam encontrar um discurso para abrir um flanco na candidatura de Bolsonaro e, ao mesmo tempo, dificultar o crescimento do petista Fernando Haddad.

Até aqui, as duas campanhas conseguiram monopolizar os holofotes da eleição. Por isso, a estratégia dos demais candidatos é de tentar quebrar essa polarização.

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, retomou os ataques ao candidato do PSL. Na tentativa de recuperar o voto perdido, o tucano passou a afirmar que a presença de Bolsonaro no segundo turno será uma forma do PT voltar ao poder. Isso porque pesquisas indicam dificuldade de vitória de Bolsonaro no segundo turno.

Já Ciro Gomes colocou em prática a estratégia de colar em Haddad à imagem do governo Dilma Rousseff, que saiu do Palácio do Planalto com elevada reprovação.

A candidata da Rede, Marina Silva, também usou o mesmo tom e disse que Haddad é semelhante a Dilma e que votar em um nome “indicado” poderá levar Brasil ao “poço sem fundo.”

O resgate da artilharia não é por acaso: as campanhas reconhecem que a partir de agora falta pouco tempo para colocar em prática as estratégias eleitorais.

 — Foto: Editoria de Arte / G1

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Por Gerson Camaro

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