Seleção brasileira inicia hoje, contra os Estados Unidos, o novo ciclo com Tite
Técnico Tite com o atacante Roberto Firmino Foto: Pedro Martins / MoWA Press
A eliminação da seleção na Copa do Mundo se concretizara minutos antes. Tite não queria nem sequer cumprimentar o treinador da Bélgica, Roberto Martínez, diante de tamanha amargura. O técnico do Brasil não se constrange ao admitir que sentiu o baque com o que aconteceu em Kazan.
Até então, a trajetória de 25 jogos na seleção só tinha uma derrota. Foi dada a largada para uma frustração que o atormentaria pelos próximos dois meses e que só tende a acabar hoje, quando a seleção volta a campo, no amistoso contra os Estados Unidos, às 21h (de Brasília), em Nova Jersey.
— Claro que senti. E continuo sentindo. Talvez só vai retirar quando a equipe entrar em campo de novo — disse o treinador.
Dormir foi problema. Ser campeão do mundo era objetivo natural, mas a semifinal era um resultado com o mínimo de justiça, no entendimento da comissão técnica. Mas nem isso aconteceu. Quando conseguia pregar os olhos ao lado da mulher, Rosmeri, Tite sonhava que estava mudando a trajetória da bola em lances capitais na derrota para os belgas, nas quartas de final:
— Acordo às 2h chutando a bola do Firmino, cabeceando a bola do Gabriel Jesus, tirando a mão do Courtois. Fiquei amargo, doído, por não ter chegado mais adiante.
Religioso, Tite foi a uma igreja para orações até mesmo na Rússia. Mas o técnico da seleção não recorreu prioritariamente ao alívio espiritual após a frustração. Optou pelo que denominou de “retiro humano”. Ir a Caxias do Sul seria alternativa natural após o período imerso no projeto Copa. Mas essa não foi a estratégia de Tite.
Com a cicatrização da eliminação em curso, Tite ainda procura filtrar as lições do Mundial. Tite não costuma consumir o noticiário esportivo indiscriminadamente. As críticas que considera ponderadas são consideradas:
— Já passei do tempo de receber uma crítica e pegar uma pedra de volta.
Por:O EXTRA