Terremoto deixa nove mortos e 30 desaparecidos na Ilha de Hokkaido, no Japão
Tremor de magnitude 6,7 atingiu a ilha no norte do país na quarta-feira. 2,95 milhões de residências seguem sem eletricidade.
Moradores observam nesta quinta-feira (6) o estrago provocado por terremoto em Sapporo, na Ilha de Hokkaido, no norte do Japão (Foto: Hiroki Yamauchi/Kyodo News via AP)
O terremoto de magnitude 6,7 que atingiu, na quinta-feira (6), a ilha de Hokkaido, no norte do Japão, deixou nove mortos, de acordo com o premiê japonês. Autoridades afirmam que 366 pessoas ficaram feridas e 30 seguem desaparecidas, de acordo com balanço divulgado pela Associated Press nesta sexta (6).
O tremor, que atingiu a escala mais alta na escala de intensidade sísmica do Japão, acontece dois dias após do tufão Jebi, o mais poderoso a tocar terra no país em 25 anos, deixar 11 mortos e causar danos na região ocidental de Osaka.
O tremor provocou deslizamentos de terra, destruição de casas, a interrupção no fornecimento de energia elétrica para quase 3 milhões de domicílios.
Todos os desaparecidos são da cidade de Atsuma, onde um deslizamento de terra arrancou árvores e soterrou casas. Alguns moradores foram retirados com a ajuda de helicóptero. Bombeiros e socorristas buscam vítimas sob os escombros.
Um contingente de 4 mil militares foi enviado à região para participar dos trabalhos de resgate, e este número deve ser ampliado a 25 mil homens, anunciou o primeiro-ministro, Shinzo Abe, após uma reunião do gabinete de crise.
O terremoto também prejudicou os sistemas de transportes aéreo e ferroviário. O aeroporto de Sapporo Chitose cancelou todos os seus voos, segundo a agência de notícias Kyodo.
O ministro da Indústria, Hiroshige Seko, afirmou que o fornecimento deve ser retomado de forma progressiva nas 2,95 milhões de residências estão sem eletricidade (segundo estimativa da companhia elétrica Hokkaido Electric Power).
‘Jamais vivi algo assim’
O morador de Sapporo, Akira Fukui, contou que foi acordado por volta das 3h (horário local) pelo tremor. “Acendi a luz, mas a energia acabou logo depois”.
“Houve um abalo repentino, extremo. Balançou de forma lateral durante muito tempo, parou e voltou a tremer. Tenho 51 anos e jamais vivi algo assim”, declarou à AFP Kazuo Kibayashi, morador da cidade de Abira.
“Pensei que minha casa ia desabar, ficou tudo revirado. Minha filha, que está na escola, ficou aterrorizada”.