– Estamos surpresos pela informação nos veículos de imprensa e aguardamos receber explicações da nova Administração sobre o assunto – declarou o porta-voz de Relações Exteriores, Emmanuel Nahson, que reagiu à decisão tomada pelo antigo Governo colombiano de Juan Manuel Santos e cujas implicações estão sendo analisadas pelo novo Executivo.
Em carta datada em 3 de agosto, a então ministra de Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín, que deixou o cargo nesta quarta (8), informou ao seu colega da Palestina, Riad Maliki, sobre a decisão de reconhecer a Palestina como um Estado “livre, independente e soberano”.
– Somos conscientes das dificuldades e sofrimentos enfrentados pela população palestina. Também reconhecemos que para a construção gradual de seu Estado, a unidade da nação palestina é um imperativo e esperamos que as condições internas sigam ocorrendo para superar os desafios – disse na carta.
Holguín acrescentou que “assim como o povo palestino tem direito a construir um Estado independente, Israel tem direito a viver em paz ao lado de seus vizinhos”.
Nesse sentido, destacou que a Colômbia não foi alheia ao conflito entre Israel e Palestina, por isso que disse que há 70 anos demonstrou seu “inváriavel interesse” e apoiou na ONU “às resoluções que tratam sobre a questão palestina”.
A missão diplomática da Palestina em Bogotá agradeceu a decisão da Colômbia, país ao qual sempre viu como “um irmão infatigável na busca da paz”.
No entanto, a Colômbia é um dos grandes aliados de Israel na região e seus laços foram reforçados em setembro do ano passado, quando o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, fez uma visita a Bogotá.
Por isso a embaixada de Israel na Colômbia pediu ao governo do novo presidente colombiano, Iván Duque, que iniciou o mandato ontem, que reverta a decisão, que qualificou de “uma bofetada de um aliado fiel” e que “contradiz a qualidade das relações e aproximação entre os países e seus líderes”.
– Solicitamos ao governo colombiano que reverta a decisão da administração anterior em seus últimos dias, que está em contravenção com as estreitas relações, a ampliação da cooperação em áreas vitais e os interesses de ambos povos – detalhou a embaixada em um comunicado.
*Com informações da Agência EFE
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