Vídeo:Movimento intenso no primeiro dia da campanha de vacinação contra pólio e sarampo
A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e o sarampo, aberta em todo o país nesta segunda-feira (6), foi iniciada em Campos nesta terça (7), em função do feriado municipal do padroeiro Santíssimo Salvador, no dia anterior. O frio e a chuva não desaminaram os pais de crianças de um ano a menores de 5 (quatro anos, 11 meses e 29 dias). Já pela manhã, o movimento era intenso no setor de epidemiologia da secretaria de Saúde e no Centro de Referência da Criança e do Adolescente (CRTCA II), mas boa parte do atendimento também foi de rotina, com pais levando filhos para a atualização do cartão de vacina.
No município, são 42 polos de vacinação e a meta, estipulada pelo Ministério da Saúde, é vacinar, no mínimo, 95% do público alvo durante a campanha, que segue até 31 de agosto e terá o Dia D no próximo dia 18, um sábado, das 9h às 16h. O Brasil tem o compromisso de manter a erradicação da pólio e eliminar o sarampo. A orientação é que os pais não tragam os filhos da faixa etária fora do público da campanha, com menos de um ano ou mais de cinco, a não ser para colocar em dia o cartão de vacina e para vacinação de rotina – explicou a enfermeira do CRTCA II, Lorena Viana Vieira.
Conforme a enfermeira, é importante a apresentação, juntamente com o cartão de vacinação, do cartão de saúde da criança. Durante a campanha, as crianças que ainda não têm o cartão, devem ser levadas para a imunização contra a pólio e o sarampo na sede da secretaria de Saúde, na rua Voluntários da Pátria com Gil de Góes. Outra indicação de vacinação na secretaria de Saúde é para crianças com restrições, como as que têm alergia a ovo ou que já apresentaram alguma reação às vacinas. Elas devem ser vacinadas no Centro de Referência de Imunobiológicos Especais (Crie).
Oséias Alves, morador do Jóquei, levou o filho Luís Miguel, que este mês completa 2 anos, ao CRTCA. O menino aprovou o gosto da gotinha que protege contra a poliomielite, mas chorou com a agulhada que previne do sarampo. “Chora agora, mas fica protegido de doenças e com saúde. É uma campanha muito importante”, disse Oséias.
Na porta da sala onde Luís Miguel era imunizado, Deisiany Nascimento dos Santos aguardava a vez da filha Maya, de 2 anos. “Vacinação é fundamental para a saúde das crianças e, desde que Maya nasceu, mantenho a caderneta de vacinação dela rigorosamente em dia e ela sempre participando das campanhas de vacinação. Vacinar é proteger”, destacou a moradora do Parque Tropical.
A campanha nacional de vacinação objetiva manter o bloqueio das doenças. O Brasil, que não tem casos de pólio desde 1990, recebeu certificação de área livre de circulação do vírus em 1994. “A pólio ainda é endêmica no Afeganistão, Nigéria e Paquistão, e o sarampo em vários países. Por isso é importante as campanhas para evitar a reintrodução do vírus, por pessoas que viajam e transmitem a doença, e impedir a criação de bolsões de não vacinados”, concluiu a enfermeira que, nesta terça-feira, era responsável pela vacinação no CRTCA II.
VERÔNICA NASCIMENTO
Por:Folha1