Após máquina ter caído em valão, prefeitura inicia limpeza do Canal Coqueiros
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— A intervenção, pelo programa Limpa Rio, começou ano passado, por este mesmo canal. Aqui, área de extração de argila, o problema nem é tanto o assoreamento e ação visa, de imediato, remover a grande quantidade de vegetação que acaba atraindo insetos, ratos e outros animais transmissores de doenças. Um levantamento da Prefeitura também aponta que bairros próximos, como Turf, Flamboyant e Jóquei, estão entre os que apresentam índices mais altos de infestação do Aedes aegypti. Daí ser importante promover a limpeza – explicou o superintendente de Agricultura e Pecuária.
Nildo destacou, entre os problemas mais preocupantes verificados no Canal Coqueiros na área urbana, o despejo clandestino de esgoto e o descarte de lixo. “É possível ver que a água está escura. Não adianta a gente limpar o canal, prepará-lo para receber água do Paraíba, se a população continua jogando esgoto e lixo, porque o canal acaba levando para a lagoa uma água poluída. Já acionamos a concessionária Águas do Paraíba, a quem cabe fiscalizar o despejo de esgoto, mas pedimos à população que ajude nessa fiscalização e, também, a coibir o descarte de lixo, que tem lugar apropriado para ser descartado”.
Intervenção nos canais — Está prevista para iniciar, na próxima semana, a limpeza do canal Cacomanga, na Tapera e em Ururaí, atendendo a uma antiga reivindicação dos moradores. “Fizemos, recentemente, a intervenção em um quilômetro do canal São Bento e retiramos aproximadamente 800 caminhões de 12 metros cúbicos de material, sendo 40% de argila, 50% de areia e 10% de vegetação. Solicitamos a autorização do descarte desse material, porque areia e argila podem ser usadas na recuperação de estradas, como as de Cambaíba, Espinho, à margem esquerda da Campos-Farol. Esse material está ao longo da estrada que liga Cambaíba a Venda Nova, que estava alagada até fazermos a desobstrução do canal Cambaíba, e poderá ser usado na sua recuperação”.
— As intervenções nos canais devem acontecer periodicamente, mas a conscientização da população é ainda mais importante. Já tiramos até sofá de dentro de canal. A vegetação volta a crescer, mas lixo e esgoto comprometem o escoamento e a qualidade da água – concluiu Nildo Cardoso.
VERÔNICA NASCIMENTO
Por:Folha1