Crianças em colônia de férias pintam cavalo e foto causa polêmica

Sociedade Hípica de Brasília alega que tinta é atóxica e não causa danos a seres humanos e animais.

Cavalo rabiscado com tinta e canetinhas em atividade da Hípica de Brasília (Foto: Ana Paula Vasconcelos/Arquivo pessoal)

Cavalo rabiscado com tinta e canetinhas em atividade da Hípica de Brasília (Foto: Ana Paula Vasconcelos/Arquivo pessoal)

Uma atividade da Colônia de Férias da Sociedade Hípica de Brasília gerou polêmica nas redes sociais ao permitir que crianças usassem tintas para colorir um cavalo branco. Depois de acionados, fiscais do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram ao local no domingo (22/7), mas disseram que não encontraram, inicialmente, indícios de maus-tratos, uma vez que o cavalo foi lavado após a chegada da equipe, e a tinta, facilmente removida.

A foto com o cavalo coberto de tinta rapidamente circulou pelas redes sociais, acompanhada de um texto que condenava a atividade. “Enquanto tentamos educar as crianças para que tenhamos uma sociedade mais consciente, que saibam respeitar todas as formas de vida, nos deparamos com uma coisa absurda dessas”, escreveu a autora da postagem original.

Na manhã desta segunda-feira, a publicação original, feita no domingo, alcançava 10 mil comentários e 24 mil compartilhamentos no Facebook. A maioria dos internautas se mostra indignado nos comentários.

(foto: Ibram/Divulgação)
(foto: Ibram/Divulgação)

“Fora de contexto”

Para o responsável pela colônia de férias, José Cabral, a reação é exagerada. O objetivo da atividade era que as crianças com medo de animais de grande porte conseguissem se aproximar e fazer carinho no bicho. “Todas as nossas atividades são pensadas em conjunto com uma coordenadora pedagógica. A tinta é atóxica, não faz mal para a pessoa e nem para o animal”, justifica. Segundo Cabral, o resultado da interação foi excelente, mas que uma foto “fora de contexto”, deu dimensões erradas à atividade.

Ainda de acordo com o responsável, 50 crianças participaram da colônia e foram acompanhadas por cerca de 15 monitores e instrutores de equitação. “Não havia risco, esse cavalo é superdócil. Usamos ele na equoterapia, para crianças com deficiência, inclusive”, relata Cabral, que diz ainda trabalhar com os animais desde os 9 anos e ter muito respeito por eles. “Esses bichos, para mim, são as coisas mais importantes. Eu estou sendo crucificado equivocadamente. Isso realmente é extremismo da internet”, defende-se.

Agora, os organizadores da colônia de férias terão de apresentar o programa pedagógico que justifique a atividade. O órgão, então, vai avaliar o ocorrido e decidir se cabe ou não a aplicação de uma multa. A Hípica garante que veterinários acompanham todos os animais diariamente.

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