Deu ruim:aviso em grupo do WhatsApp sobre blitz policial acaba em prisão

Segundo publicação da Veja, de tempo em tempo, um homem mandava fotos para um grupo de WhatsApp. As imagens indicavam a situação de uma barreira policial na RS-786, em Nova Tramandaí, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Por meio das fotografias, era possível saber quando os policiais do Pelotão de Motos do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRMB) estavam no local e quando o ponto estava vazio. O homem acabou preso em flagrante na tarde da última quarta-feira porque foi identificado a partir do ponto em que as fotografias eram tiradas, conforme apurou VEJA com o órgão.

As fotos eram enviadas para o grupo chamado “Galera do Litoral”. Outros contatos interagiam com informações e comentários. “[Polícia] rodoviária atacando”, escreveu uma pessoa no mesmo dia. “Tão com radar móvel, se liguem, acabei de cair kk”, disse outra. “Ponte livre”, alguém indicou.

As mensagens foram repassadas para fora do grupo do WhatsApp e chegou à polícia, que agiu para coibir a ação. Avisos sobre blitz são considerados “atentados contra a segurança”, crime previsto do artigo 265 do Código Penal, cuja pena é prisão de um a cinco anos e multa.

“Esse tipo de aviso não é ‘só para amigos’, ele ajuda quem está com carro roubado, quadrilhas que se deslocam armadas, com carga de droga. Se ficam sabendo da barreira, os criminosos podem desviar. Mas, se não sabem, podemos contar com o fator surpresa da abordagem policial. Por isso é um crime contra a segurança pública”, disse o capitão Rogério Silva dos Santos, comandante da Companhia de Policiamento Rodoviário de Osório, responsável pela segurança das estradas estaduais do litoral norte.

Depois de prender o “informante”, a polícia ainda deteve um foragido da Justiça que passou pelo local e tentou fugir ao ver a blitz.

Por:DCM

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