Varre-sai é conhecida no RJ pelo seu festival de vinho, mas o Café, é quem dita a economia da cidade

Expectativa de uma boa safra movimenta a economia local. A colheita do café está a todo o vapor em Varre-Sai. A estimativa é de uma ótima safra. De acordo com a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra no maior produtor de café do Estado será de aproximadamente 106 mil sacas do produto, o que equivale a quase 30% das 365 mil sacas que serão produzidas em todo o Estado do Rio de Janeiro e quase 40% de todo o café produzido na região Noroeste Fluminense. Em todo o país, a previsão para a safra de 2018 é de 365 mil sacas.

Resultado de imagem para foto de plantação de caféFoto:Gazeta do Noroeste

O Ministério da Agricultura espera que a produção de café movimente, durante todo o ano, cerca de 46 milhões de reais na economia do município. Intitulada capital estadual do café, Varre-Sai faz jus à qualificação não só pelos números da colheita, mas também devido ao número de pessoas envolvidas na produção, contando com 650 propriedades rurais, onde o café é o produto principal. No período da colheita, são 3 mil pessoas envolvidas com a produção, cerca de 25% da população total do município. O município com 21.400 hectares, possui 4.660 hectares de área plantada de café, cerca de 20% de toda sua área. Segundo o Ministério da Agricultura, houve um crescimento de 4% na área plantada de café no município, o que de acordo com o técnico do Ministério e presidente da Cooperativa de Café do Norte Fluminense Ltda (Coopercanol), José Ferreira Pinto, vai refletir na produção nos próximos dois anos. “Esse acréscimo da área plantada de café está ligado ao fato do produtor estar acreditando no melhor preço do café. Os números estão confirmando uma boa safra, tendo em vista as condições climáticas na época da formação e granação dos frutos”, lembrou José Ferreira Pinto.  O técnico explicou ainda que a cada ano está havendo a melhoria na qualidade do café de Varre-Sai que já alcança 40 % de bebidas finas, com o preço da saca em torno de R$ 500 para esse tipo de café. “Há uma preocupação do produtor em alcançar esse nível de bebida, até pelo valor que costuma ser 35% mais alto que o café tradicional”, disse.

Foto:Gazeta do Noroeste

Alguns cafeicultores de Varre-Sai, inclusive estão produzindo cafés especiais que ainda não estão beneficiando muito os produtores por falta de mercado regional para esse café mais selecionado. Lacuna que se espera preencher com a expectativa da Coopercanol começar a comercializar o produto, dando apoio aos cafeicultores, buscando um mercado para esse tipo de café, com preço da saca podendo atingir R$1.200. No Sítio Macuco, um exemplo de que o café rende bons frutos. O produtor Jorge Luís Pupo de Freitas, 41 anos, que era meeiro no local quando mais novo, hoje é proprietário. No sítio que possui 12,5 hectares, tem o café plantado em cerca de 10 hectares. No ano passado, a produção de Jorge foi de 200 sacas de café. Para esse ano, a previsão é mais otimista, o produtor espera atingir cerca de 350 sacas na colheita. “Acho interessante mexer com café, pois dá um bom resultado. Para a gente que trabalha na roça, não há atividade melhor”, disse o cafeicultor. A Prefeitura Municipal de Varre-Sai, através da Secretaria Municipal de Agricultura, vem ajudando os cafeicultores no transporte de tubos para fazer secadores de caixa, o que proporciona uma economia para o produtor. Além de raspar as estradas de lavouras de café para facilitar o transporte do produto das lavouras ao terreno. A Secretaria também já colocou à disposição dos produtores os caminhões para realizar esse tipo de transporte. “É a forma que a Secretaria, junto à Prefeitura, vem conseguindo ajudar os produtores, ainda mais esse ano com uma boa safra. E o produtor que necessitar de algum tipo de ajuda, pode procurar a Secretaria e estaremos prontos a atendê-lo”, disse o secretário Antônio Carlos Celebrini. Silaine Terra Departamento de Comunicação Prefeitura Municipal de Varre-Sai

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