Irritado, Ciro Gomes abandona congresso da AMM no Mineirão
Pré-candidato à Presidência se irritou com o formato de perguntas e respostas proposto pela organização do congresso de prefeitos.
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O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) se irritou com o formato do painel com pré-candidatos promovido pela Associação Mineira de Municípios (AMM) e deixou o evento no meio de sua participação.
“Escuta, senão eu me retiro. Eu não sou demagogo, eu quero governar o Brasil para restaurar a autoridade dessa baderna que está acontecendo no nosso país. Eu vou consertar o Brasil restaurando a autoridade”, afirmou.
Ciro Gomes reclamou que não viajou até Belo Horizonte para falar poucos minutos e de forma fragmentada. O formato inclui breve apresentação de cinco minutos, seguido de duas perguntas, que podem ser respondidas em três minutos cada. Os candidatos também têm tempo de cinco minutos para considerações finais. Ciro não concordou com a limitação de tempo de 3 minutos para responder às perguntas
De acordo com a organização, todos os pré-candidatos sabiam antecipadamente do formato.
Ciro ficou incomodado por ter sido interrompido ao responder a primeira pergunta, em que falava sobre a necessidade de mudar o sistema tributário.
E mais irritado ainda com o fato de a segunda pergunta, feita pelo mestre de cerimônia do evento, tratar sobre o mesmo assunto. “Não estou aqui de conversa fiada. Me interrompem pra depois perguntar sobre a mesma coisa”, disse.
A reação exaltada acabou levando uma parte da plateia a vaia-lo. Ciro atribuiu as críticas a apoiadores do também candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), que não está presente no evento. Ele saiu sem falar com a imprensa.
Foto:Blog do Poliglota
Lula representado
O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) foi o responsável por representar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato ao Palácio do Planalto, no painel da AMM.
Ele entregou ao presidente da AMM, Julvan Lacerda, prefeito de Moema, a mesma carta entregue na Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Mais do que porta-voz de Lula, Reginaldo Lopes defendeu suas concepções para tirar o Brasil da crise e retomar o desenvolvimento.
“É preciso refazer o pacto federativo, revogar a emenda constitucional 95 e promover um choque social-democrata pra valer”, diz.
Lopes afirma que tem insistido com Fernando Haddad, coordenador de campanha do Lula, sobre um “choque keynesiano”, que, no lugar da Bolsa Família, garantiria a universalização de uma renda mínima pra todo cidadão brasileiro.
“Quem puxa o setor privado é o setor público, e não o contrário “, defendeu.
Por:em.com