Polícia encontra chocolates e pendrives na cela de Geddel e Luiz Estevão; ex-senador joga dispositivo na privada

O ex-senador está preso na Papuda desde março de 2016

A Polícia Civil do Distrito Federal encontrou chocolates importados, anotações e pelo menos cinco pendrives na cela que abriga o ex-senador cassado Luiz Estevão (DF) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Durante as buscas, Estevão jogou pela privada um pendrive, mas o dispositivo foi resgatado pelos policiais e passará por perícia.

O advogado de Geddel Vieira Lima disse à TV Globo que “estranha, mais uma vez, a defesa técnica não saber da operação antes da imprensa”. Já a defesa de Luiz Estevão alegou desconhecer as buscas, e não quis se pronunciar.

A ação foi realizada pela Coordenação de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF e pela Promotoria de Execução Penal do Ministério Público do DF após denúncia de presos que os dois políticos estavam tendo regalias dentro da prisão. De acordo com a TV Globo, até a noite desse domingo, nenhum dos órgãos tinha detalhado as possíveis medidas a serem tomadas com base no material encontrado.

A ação foi deflagrada após denúncia de presos de que os dois políticos estavam tendo regalias dentro da prisão.  Em 2017, uma inspeção encontrou itens proibidos nas dependências utilizadas pelo ex-senador cassado, como chocolate, cafeteira elétrica, macarrão importado e cápsulas de café.

Luiz Estevão também é acusado pelo MP do DF de financiar a reforma do bloco onde cumpre pena na Papuda. Três ex-gestores do complexo penitenciário também são listados no processo suspeitos de terem sido coniventes com o empreendimento.

A cela dividida pelos dois políticos tem sanitário e pia de louça, chuveiro, cortina, tapete, cerâmica e paredes pintadas. Geddel está preso em Brasília desde setembro do ano passado. Ele é acusado de receber propina e de guardar cerca de R$ 51 milhões em um imóvel em Salvador. O ex-senador cumpre pena de 28 anos de prisão por sonegação fiscal, fraudes e desvios nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.

Por:Edson Sardinha

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