Governo do Rio estuda criar presídio para gays, lésbicas, e transexuais
Um estudo será realizado para analisar a população carcerária LGBT no sistema
A Coordenação de Unidades Prisionais Femininas e Cidadania LGBT foi criada na segunda-feira (21), pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio. Como umas das funções, a nova repartição ira estudar a possibilidade de criar um presídio exclusivo para gays, lésbicas, bissexuais e transexuais no estado.
Atualmente, os detentos com esse perfil estão espalhados por diversas cadeias do sistema, como o Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, no Complexo de Gericinó, e o Presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão.
A coordenadora do setor, Ana Cristina Faulhaber, afirma que uma análise da população carcerária LGBT no sistema será realizada, e os detentos serão consultados, noticia o Extra.
“Precisamos ouvir o que os presos acham da ideia. Não se cria qualquer política sem ir na população e ver qual é a necessidade dela. Precisamos estudar todos os dados e políticas possíveis. O secretário (David Anthony) quer que ocorram projetos diferenciados. Não existe nenhum estado no país com uma coordenação como essa que foi criada2”, revela Ana Cristina.
Políticas próprias para mulheres presas também serão criadas pela coordenadoria. De acordo com a responsável, uma destas especificidades será a a uniformização de todos os procedimentos de revista das detentas nas unidades prisionais, além da humanização dos espaços onde elas recebem a visita dos filhos.
No mesmo decreto que previu a implantação da nova coordenadoria, publicado na última terça-feira (22), foi criada ainda uma Divisão de Apoio à Saúde e Cidadania LGBT.
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