Com homenagens e muita emoção, Buffon se despede da Juventus com vitória

A despedida de Gianluigi Buffon da Juventus teve emoções e homenagens do tamanho dos 17 anos de sua trajetória no clube. Antes, durante e depois do duelo com o Verona, neste sábado, em casa, pela última rodada do Campeonato Italiano, o ídolo de 40 anos recebeu demonstrações de carinho dignas de quem marcou seu nome não só na história da equipe, como do futebol mundial. No fim, o resultado era o que menos importava, mas o time de Turim ainda deu mais um triunfo ao seu, agora, ex-jogador: 2 a 1.

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Foto:Blog do Malia – WordPress.com

A partir de agora, a Juventus terá que lidar com a ausência definitiva de Buffon pela primeira vez desde 2001. Foi naquele ano que o então promissor goleiro do Parma chegou ao gigante italiano. Dezessete anos depois, despede-se com nove títulos do Campeonato Nacional, inclusive o da atual temporada, quatro da Copa da Itália e cinco da Supercopa da Itália. Isso sem contar a Copa do Mundo de 2006, conquistada com a seleção.

Mesmo com a idade avançada, Buffon deixou no ar a possibilidade de seguir jogando profissionalmente por outro clube. Mas, definitivamente, não terá a identificação que construiu no time de Turim, que, em carta publicada na última sexta, ele mesmo chamou de “casa”.

E foi justamente em sua casa, o Juventus Stadium, que Buffon se despediu. Antes mesmo da partida começar, a torcida protagonizou as primeiras homenagens com um lindo mosaico nas arquibancadas. O próprio goleiro mostrou um estilo mais descontraído, sabedor de que cumpriu sua tarefa em Turim. Durante o aquecimento, em diversas vezes aplaudiu os torcedores e chegou a deixar o gol para cumprimentar alguns deles.

Com a bola rolando, Buffon se concentrou e mostrou a excelência que fez dele um dos melhores goleiros da história. Aos 15 minutos, voou para fazer linda defesa em finalização de Fares. De longe, do outro lado do campo, viu seus companheiros acumularem chances perdidas. Dybala, de fora da área, jogou rente à trave, assim como Mandzukic.

Buffon também assistiu ao goleiro adversário, o brasileiro Nicolas, tentar roubar a cena. Aos 31 minutos, ele realizou defesa impressionante para impedir um golaço de Mandzukic. Pouco depois, foi Dybala quem tentou por cobertura. Desta vez, a bola parou no travessão.

Mas no segundo tempo, a Juventus finalmente faria valer sua superioridade. Aos três minutos, Douglas Costa fez boa jogada pela direita e bateu firme. Nicolas espalmou e Rugani marcou. Aos seis, Pjanic cobrou falta pela esquerda com perfeição e ampliou.

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Dez minutos mais tarde, aos 16, aconteceu o momento que nenhum torcedor da Juventus gostaria de ver. Pela última vez, Buffon deixou o campo com a camisa do clube de Turim, para dar lugar a Pinsoglio.

A emoção tomou conta de todos os presentes no Juventus Stadium. Extremamente emocionado, Barzagli, que herdara a braçadeira de capitão, abraçava e beijava o goleiro, como se não quisesse deixá-lo sair do gramado. O gesto foi repetido por todos os jogadores do time e até pelos rivais. Nas arquibancadas, os torcedores misturavam os cantos, os aplausos e as lágrimas.

 Do lado de fora, Buffon foi recebido com um corredor de abraços e beijos dos reservas e tratou de usar os minutos finais de partida para retribuir o carinho da torcida, com cumprimentos a quem estivesse mais perto do gramado. Talvez nem tenha visto o gol do Verona, marcado por Cerci, e o pênalti perdido pela Juventus, com Lichtsteiner, que parou na defesa de Nicolas. Não importava. A festa era toda para ele.
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Estadão Conteúdo

 

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