Tribunal Regional Federal nega recurso e mantém pena do ex-senador Gim Argello

 Político foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão, após denúncia de que teria pedido propina em troca de não convocar empreiteiros para depor na CPMI da Petrobras.
O ex-senador Gim Argello, em imagem de abril de 2016, quando foi preso pela Polícia Federal (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

O ex-senador Gim Argello, em imagem de abril de 2016, quando foi preso pela Polícia Federal (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

A condenação do ex-senador Gim Argello foi mantida pelo Tribunal Re

gional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, por voto de maioria, durante julgamento nesta quinta-feira (17). O político foi preso em abril de 2016 na Operação Lava Jato, e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 11 anos e 8 meses.

Um dos advogados de Argello, Marcelo Lebre, informa que irá aguardar a publicação do acórdão desta decisão para avaliar a possibilidade de um próximo recurso.

A defesa do ex-senador havia entrado com embargos infringentes, após ter o recurso anterior ter sido negado. Os advogados pediam o reexame de aspectos da condenação, com fins de redução de pena, a absolvição e também a revisão da indisponibilidade de bens, determinada por Moro como reparação de dano, até a conclusão dos julgamentos em segunda instância.

A votação foi realizada na 4ª Seção do TRF-4, responsável pelos julgamentos de embargos infringentes no tribunal. Dos seis magistrados presentes na sessão, apenas o desembargador Victor Laus votou de forma divergente.

No julgamento de apelação, em novembro de 2017, a Oitava Turma da corte confirmou a condenação da primeira instância, mas reduziu a pena do ex-senador, que inicialmente era de 19 anos de prisão, aplicada pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro.

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Denúncia

Segundo a denúncia, o ex-senador pedia propina a empreiteiros em troca de não convocá-los para depor na Comissão Mista Parlamentar de Inquérito da Petrobras, da qual era vice-presidente. Mensagens trocadas entre os investigados mostram que os executivos tratavam a propina destinada a Gim por “projeto: alcóolico”.

Os empreiteiros Léo Pinheiro, da OAS, e Walmir Santana, da UTC, também recorreram da condenação. Léo foi sentenciado a 5 anos, 6 meses e 3 dias, enquanto Santana recebeu a pena de 6 anos e 2 meses. Os recursos de ambos também foram negados.

Já o dirigente da UTC Ricardo Pessoa, que também foi condenado a 7 anos, fez acordo de colaboração premiada e não entrou com novo recurso.

Todos eles foram alvos da 28ª fase da Lava Jato. Argello exerceu mandato no Senado entre 2007 e 2014.

Por:G1

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