Morre Negão, cachorro que vivia há mais de 2 anos em frente a hospital após morte do dono em SC
Morador de rua que era dono do cão morreu horas depois de chegar à unidade, em novembro de 2015.
Negão ficou no pátio do hospital por quase três anos a espera do dono (Foto: Luiz Souza/RBS TV)
pós mais de dois anos esperando pelo dono no pátio do Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte, o cachorro Negão morreu na manhã desta terça-feira (15), após ter sido atropelado. O animal se enroscou na roda traseira de um carro e não resistiu aos ferimentos.
No final de 2015, o cachorro chegou ao hospital seguindo a ambulância que levava o dono dele, um morador de rua, que morreu horas depois.
Na manhã desta terça, o marido de uma funcionária a deixou na unidade hospitalar e não viu que Negão tomava sol no pátio, no espaço de passagem dos carros. Quando o veículo passou, o cão correu atrás e enroscou na roda traseira.
O cachorro ficou ferido no pescoço, ainda caminhou até a calçada chorando, mas não resistiu.
Casinha, água e comida
Logo depois da morte do morador de rua, os funcionários do hospital colocaram uma casinha para Negão na frente da unidade. Mas, como a história do cachorro ficou conhecida na cidade e muita gente apareceu para dar comida a ele, a casinha precisou ser colocada nos fundos do hospital.
Os funcionários trocavam a água dele todo dia e a ração era doada por uma ONG (Organização Não-Governamental). Conforme Ivone Traversin, coordenadora de atendimento ao público do hospital, a equipe de jardinagem que passava mais tempo com o cão estava muito abalada na manhã desta terça por causa da morte.
Negão foi enterrado no pátio do hospital a pedido dos funcionários que cuidavam dele. “Ele nunca viu o dono sair do hospital, por isso ficou esperando por ele durante todo esse tempo”, disse Ivone.
À espera do dono
Os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram a fazer vídeos do cão em disparada atrás do veículo. O cachorro corria para a porta do pronto-socorro toda vez que escutava uma ambulância se aproximar.
G1